​O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis vai subir no próximo sábado, 1/2, para gasolina, etanol e diesel; e vai cair para o gás.  O reajuste foi aprovado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que reúne Ministério da Fazenda e as secretarias estaduais, e vale para todo o país – inclusive no Rio Grande do Sul. Embora o imposto seja estadual, tem, desde 2022, valor fixo nacional. 

Na gasolina e no etanol, a alíquota subirá de R$ 1,37 para R$ 1,47. A alta de R$ 0,10 representa aumento de 7,3%, acima da inflação acumulada em 12 meses, que está em 4,5%. Para diesel e biodiesel, passará de R$ 1,06 para R$ 1,12, aumento de R$ 0,06. Ou seja, reajuste de 5,7%. 

O repasse do aumento às bombas, para o consumidor, deve ser imediato, embora o setor não projete preços. Atualmente, o Rio Grande do Sul tem o menor preço médio da gasolina entre os estados do Sul do Brasil, mas ainda assim, pesa no bolso dos motoristas. 

Em Bagé, nesta quarta-feira, 29/1, o litro da gasolina comum pode ser encontrado a R$ 6,87 no posto mais barato, e a R$ 7,33 no mais caro. Já a gasolina aditivada varia entre R$ 6,39 e R$ 7,58. O diesel varia entre R$ 5,92 e R$ 7,29. As informações são do aplicativo Menor Preço, da Receita Estadual. 

Duplo aumento 

A combinação do aumento no ICMS sobre os combustíveis e a elevação do preço do óleo diesel promovida pela Petrobras promete trazer uma dupla pressão sobre o preço dos combustíveis, preocupando especialmente uma das categorias mais afetadas por essas mudanças: os caminhoneiros. 

O diesel sofrerá reajustes que, de acordo com representantes do setor, terão impactos diretos no custo do transporte e, por consequência, nos preços dos produtos. 

O aumento no preço do diesel ocorrerá em duas etapas. Primeiro, haverá a elevação do ICMS, que começa a valer no sábado. Em seguida, haverá um reajuste adicional, determinado pela Petrobras, em fevereiro, como resposta à defasagem de 15,15% nos preços, que não foram alterados desde 2024. 

Apesar das incertezas quanto ao impacto direto nos preços dos alimentos, membros do governo temem que os reajustes possam sinalizar uma tendência de alta, o que poderia pressionar ainda mais o cenário econômico e aumentar os juros no país. 

Gás 

Já o imposto sobre o gás liquefeito de petróleo (GLP, gás de cozinha) e gás liquefeito derivado de gás natural (GLGN) terá uma pequena redução. O valor do tributo passará de R$ 1,41 para R$ 1,39, diminuição de R$ 0,02.