O Fórum Municipal de Governança Cultural reuniu especialistas e autoridades para discutir a preservação do patrimônio cultural, tanto material quanto imaterial. O evento, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura (Secult), contou com a participação de Renato Savoldi, diretor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio Grande do Sul (Iphae), e o antropólogo Yves Marcel Seraphim. 

Durante o evento, o secretário de Cultura, Zeca Brito, enfatizou a importância de parcerias entre os governos para revitalizar o patrimônio da cidade. Ele ainda destacou a preservação do patrimônio imaterial, como os saberes e as lidas campeiras, fundamentais para a identidade cultural de Bagé. O titular ressaltou que o processo de recuperação do patrimônio predial exigirá investimentos federais e a implementação de um processo de educação patrimonial. 

Savoldi abordou os desafios enfrentados na preservação do patrimônio histórico de Bagé. Ele destacou que estão em andamento estudos sobre o reconhecimento do patrimônio imaterial da cidade e a necessidade de um plano de gestão que envolva a participação social e o diálogo com diferentes setores. O diretor também mencionou as dificuldades enfrentadas no processo de tombamento do Centro Histórico de Bagé, realizado em 2012, e a importância de uma atuação mais estruturada e colaborativa. 

O diretor do Iphae RS sugeriu a criação de um plano estratégico para a gestão do Centro Histórico da cidade, com maior participação da sociedade civil e do poder público. Ele ressaltou a necessidade de retomar lacunas deixadas ao longo do processo para garantir a preservação e valorização do patrimônio com um enfoque integrado e sustentável, envolvendo empresários e entidades culturais, além dos entes públicos. 

Após o painel com o Iphae, o evento continuou com a mesa “Preservação e Recuperação Patrimonial”, que abordou os esforços de revitalização do Museu Dom Diogo de Souza e do Centro Histórico Vila de Santa Thereza. A ex-secretária de Cultura, Jussara Carpes, relembrou sua atuação na recuperação do Museu Dom Diogo de Souza, e destacou a importância de recursos como a Lei Rouanet. Ela também mencionou os danos causados pelas tempestades recentes e a necessidade de novos investimentos para a manutenção do patrimônio.