Emater adere a ferramenta para modernizar gestão de processos
No Brasil
Pesquisa aponta queda no endividamento do consumidor
![](https://suitacdn.cloud-bricks.net/fotos/998591/file/desktop/12.2.1.jpg?1738939157)
Marcello Casal Jr. imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Redução foi de 0,6 ponto percentual em relação a dezembro
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apontou uma queda no número de famílias endividadas pelo segundo mês consecutivo. Em janeiro de 2025, o percentual foi de 76,1%, uma redução de 0,6 ponto percentual em relação a dezembro e de 2 pontos percentuais em comparação ao mesmo período de 2024. No entanto, apesar da diminuição, o comprometimento da renda com dívidas cresceu, com 20,8% das famílias destinando mais da metade dos rendimentos para essa finalidade.
O estudo revelou que a percepção de endividamento aumentou entre os brasileiros, com 15,9% da população considerando-se "muito endividada", ante 15,4% no final do ano passado. O presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, atribui esse cenário aos juros elevados e à seletividade do crédito, que levam os consumidores a contrair menos dívidas, mas ao mesmo tempo ampliam a sensação de comprometimento financeiro.
Apesar da preocupação com o endividamento, a pesquisa mostra uma leve melhora na inadimplência. O percentual de famílias com dívidas em atraso caiu de 29,3% em dezembro para 29,1% em janeiro, e aquelas que não têm condições de pagar o que devem passaram de 13% para 12,7%. Contudo, esses índices ainda estão acima dos registrados em janeiro de 2024, demonstrando que a inadimplência segue como um desafio para muitas famílias.
A análise por faixa de renda revelou que o endividamento caiu entre as famílias que ganham mais de dez salários mínimos (65,3%) e entre aquelas com renda de até três salários mínimos (79,5%). No entanto, as famílias mais vulneráveis foram as únicas a apresentar aumento no endividamento em relação ao ano anterior. Já a inadimplência recuou apenas entre os consumidores com renda entre três e cinco salários mínimos, enquanto os demais grupos mantiveram índices elevados.
O cartão de crédito continua sendo a principal modalidade de dívida, atingindo 83,9% dos endividados, apesar da queda anual de 2,9 pontos percentuais. Em contrapartida, o crédito pessoal e os carnês tiveram aumento na participação. A CNC alerta que o endividamento pode voltar a crescer ao longo do ano, impulsionado pela necessidade de crédito e pelos juros elevados, podendo encerrar 2025 com 77,5% das famílias endividadas e 29,8% inadimplentes.
Deixe seu comentário