Lendo a coluna de Alexandre Garcia, publicada ontem no Correio Braziliense, confirma-se parte do que tenho sempre afirmado em meus espaços mediúnicos: direita e esquerda só existem na cabeça de alguns políticos e de alguns órgãos de imprensa que sempre dão ênfase. O que existe é a busca pelo poder, e, para conquistá-lo, vale tudo. Então, Alexandre Garcia publica a foto de segunda-feira, quando os poderes se encontraram. A eleição de Davi Alcolumbre e de Hugo Motta deixou muita gente ainda mais pessimista com o futuro do Legislativo, que vem se encolhendo há algum tempo. Era mais aguerrido antes do AI-5.   

"Nos discursos de vitoriosos, os novos presidentes do Senado e da Câmara revelaram princípios. Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) disse que vai continuar a defender 'a condição de um parlamentar poder viabilizar recursos para levar aos seus municípios'. Deixou claro que continuará sendo um paladino de emendas orçamentárias, embora concorde em debater anistia para os do 8 de Janeiro. Hugo Motta (Republicanos-PB) ergueu a Constituição, imitando o Doutor Ulysses Guimarães, e falou em 'Câmara forte com garantia de nossas prerrogativas e defesa da imunidade parlamentar'. Isso significa a volta do artigo 53 da Constituição: deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. Para deixar qualquer um entusiasmado, não tivesse ele votado pela prisão do ex-deputado Daniel Silveira, por manifestação de opiniões.  

A eleição dos dois deixou muita gente ainda mais pessimista com o futuro do Legislativo, que vem se encolhendo há algum tempo. Era mais aguerrido antes do AI-5. Paulistas não entendem como o senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) teve quase 11 milhões de votos diretos e agora só quatro, enquanto Alcolumbre foi reeleito com menos de 200 mil votos. Não se conformam que, com todo seu poder econômico e eleitoral, os presidentes do Legislativo federal sejam do Amapá e da Paraíba".  

Isso é parte do comentário de Alexandre Garcia, que viveu de perto a ditadura e agora a democracia. Pois bem, eu apenas continuo com o ‘arrepio’ na coluna, porque sinto que, de novo, vai sobrar para nós, consumidores. Ou seja, vão achar uma maneira de aumentar a arrecadação para sobrar dinheiro para as emendas e outras benesses liberadas para a ‘fome de dinheiro’ que sempre ronda o Legislativo.  

Concordam que está tudo preparado para tentarem, outra vez, liberar Bolsonaro da pena imposta? Assim como Lula foi e acabou ganhando a eleição. É o que estou sentindo há um bom tempo e coloco a opinião nos espaços de imprensa que ocupo. Concordam ou não?