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Levantamento do Cpers aponta déficit de professores na rede

Reprodução/Cpers imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -
Entre fevereiro e março de 2025, o Cpers realizou um levantamento nas escolas estaduais do Rio Grande do Sul. Conforme a entidade, os dados mostram "um cenário de precariedade estrutural e humana", o que, pontuou, contrasta com o discurso oficial do governo Eduardo Leite (PSDB). O sindicato garante que há ausência de profissionais e que "a precarização das condições de trabalho e ensino afetam diretamente estudantes e educadores da rede estadual".
Conforme o Cpers, o déficit de profissionais é alarmante: faltam ao menos 1.634 trabalhadores nas escolas, entre docentes, funcionários e especialistas. Inglês, Matemática e Educação Física estão entre as disciplinas mais afetadas, conforme o levantamento divulgado. O Cpers pontuou que a escassez sobrecarrega quem permanece em atividade e prejudica gravemente a qualidade do ensino. Além disso, a entidade também apontou falta de especialistas, que, argumentou, compromete o suporte pedagógico essencial para o desenvolvimento dos alunos.
A pesquisa também apontou problemas graves de infraestrutura em mais da metade das escolas participantes. Segundo o estudo, telhados danificados, infiltrações, redes elétricas comprometidas e obras inacabadas são recorrentes. O Cpers também sustentou que faltam ventiladores e ar-condicionado em grande parte das escolas, tornando o ambiente insuportável em dias quentes. Muitas instituições também carecem de espaços de sombra e áreas de convivência, essenciais para o bem-estar da comunidade escolar, ainda de acordo com a pesquisa.
Até o fechamento desta edição, o Estado não havia se manifestado oficialmente sobre os dados apresentados pelo Cpers Sindicato.
Assembleia-geral
O Cpers convocou professores, funcionários de escola, especialistas, ativos e aposentados – para uma assembleia-geral. O encontro será nesta sexta-feira, 11 de abril, às 13h30min, na Casa do Gaúcho, em Porto Alegre. A mobilização, segundo o sindicado, é para "fortalecer a luta por valorização profissional, condições dignas de trabalho e a defesa da educação pública".
Durante a assembleia, serão debatidas pautas como a revisão salarial da categoria, o fim dos descontos abusivos nas remunerações, o combate ao assédio moral e à sobrecarga de trabalho, além da exigência de um plano de contingência para situações de emergência climática. Também serão discutidas melhorias no Ipe Saúde, o cumprimento do Piso Nacional dos funcionários de escola e a oposição às Parcerias Público-Privadas (PPPs), vistas como uma ameaça à gestão pública da educação.
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