BAGÉ WEATHER

DURMAM COM UM BARULHO DESTES

Contando, parece mentira — título do livro de Luiz Kalil —, outra vez estou usando para tentar entender o que os políticos estão pensando sobre a política. Ontem, quinta-feira, 10, saiu uma pérola no Correio Braziliense, que transcrevo agora: “Temer diz que Lula deveria chamar Bolsonaro para ajudar no governo.” Ora bolas, por que então esperaram que as ofensas e os comentários em jornais e redes de televisão atingissem o estágio que atingiu? Ele, como um tribuno de respeito, deve estar tentando ser usado como um ‘conselheiro’ da pátria. Como eu deixei de acreditar em promessas — e muito menos quando aparece algum ‘engenheiro de obras prontas’ querendo tentar apaziguar —, no estágio em que está, acho difícil. Mas, em política, tudo é possível. Então sigo o noticiário do Correio (CB) Braziliense. Espero que os leitores entendam: “Michel Temer abriu o evento organizado pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, em Nova York. A matéria foi publicada dia 14 de novembro de 2022 no Estado de Minas e republicada ontem, quinta-feira, dia 10 de abril, no Correio Braziliense.”  

Claro está que, em 2022, o conselho de Temer, embora visando algum pedaço do ‘bolo’, foi logo após Lula ter sido eleito para o terceiro mandato. Para deixar tudo bem explicado, leiam outro pedaço da matéria antiga: “O ex-presidente Michel Temer (MDB) afirmou que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deveria chamar Jair Bolsonaro (PL) para ajudar no novo governo. A declaração foi feita no evento LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, em Nova York, nesta segunda-feira (14/11). ‘Eu compreendo bem as angústias do presidente eleito, mas, em vez de fazer críticas ao atual, deveria chegar e dizer: “Peço sua colaboração”. Chamá-lo, até: “Venha governar comigo, auxiliar no governo, conversar, reconstruir o Brasil”’, disse Temer. O ex-presidente ainda afirmou que o Brasil tem ignorado o texto da Constituição devido a episódios de violências políticas. ‘A polarização está no campo do embate de ideias, e por isso é útil ao país. O que temos assistido aqui é à radicalização. Quando eu falo em pacificação do país, não é porque eu particularmente queira pacificá-lo, mas porque eu sou servo da Constituição Federal, e é a Constituição Federal que prega a ideia de paz’.” Michel Temer abriu o evento promovido pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais, fundado por João Doria, ex-governador de São Paulo. Ministros do Supremo Tribunal Federal também estiveram presentes.  

Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Luís Roberto Barroso foram hostilizados por compatriotas em meio a protestos pela derrota de Bolsonaro. Michel Temer também foi hostilizado e xingado de “ladrão” por pessoas que o esperavam na porta de um hotel. O STF classificou os atos como “intolerância e violência”. Alexandre de Moraes afirmou: “A democracia foi atacada no Brasil, mas sobreviveu”.  

VOLTEI 

Dá para entender? Alguns até entendem, mas a grande maioria fica ‘a ver navios’. Para quem ainda não entendeu: essa é a nossa democracia, que ficou completamente fora de ‘foco’ quando a democracia e a eleição direta voltaram ao Brasil. Muitos políticos que vinham ‘chupando o dedo’ quiseram ‘recuperar’ o tempo perdido e foram direto ao pote. Isso se tornou uma maneira de sobreviver. Aí voltou a velha corrupção, que não iniciou hoje — faz muito tempo. Concordam ou não? 

DURMAM COM UM BARULHO DESTES Anterior

DURMAM COM UM BARULHO DESTES

Análise: emendas parlamentares derrubam ministro das Comunicações Próximo

Análise: emendas parlamentares derrubam ministro das Comunicações

Deixe seu comentário