O Rio Grande do Sul, responsável por 70% da produção de arroz do Brasil, deu início à colheita da safra 2024/2025. As primeiras lavouras na região central do Estado apresentam um bom percentual de grãos inteiros, com níveis moderados de grãos gessados e barriga branca, o que indica uma safra dentro das expectativas de qualidade. O cenário é positivo, contrastando com o ano anterior, quando enchentes causaram prejuízos significativos à produção.   

A perspectiva para este ano é de uma colheita completa, sem perdas expressivas. Vale explicar que a qualidade do arroz colhido depende do ponto ideal de umidade do grão. Se for colhido com umidade muito alta (acima de 25%), há risco de amassamento e dificuldades no processamento. Por outro lado, se estiver muito seco (abaixo de 17%), a produtividade de grãos inteiros pode ser reduzida. O ideal, segundo especialistas, é colher quando a umidade estiver entre 19% e 23%, garantindo maior rendimento e atendendo às exigências do consumidor por um arroz tipo 1, com grãos longos e soltos.    

Além da colheita, o armazenamento do arroz exige cuidados para preservar sua qualidade. O controle da umidade, da temperatura e da presença de impurezas é essencial para evitar perdas. Umidades muito altas podem acelerar o metabolismo dos grãos, levando ao amarelamento, enquanto umidades muito baixas podem resultar em perda de peso e volume.  

Em detalhes 

A cadeia produtiva do arroz no Rio Grande do Sul envolve cerca de 18 mil produtores, distribuídos em 180 municípios, além de 200 indústrias beneficiadoras. Segundo o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), o Estado plantou 970.194 hectares de arroz nesta safra, um crescimento de 7,8% em relação ao ano passado. O arroz é o segundo produto mais importante da agricultura gaúcha, atrás apenas da soja.