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“Bolsonaro mandou filho aos EUA para não ser preso”, diz Lula

Em discurso nesta sexta-feira (11/7), Lula afirmou que o ex-presidente mandou Eduardo Bolsonaro (PL-SP) aos Estados Unidos para pedir a Trump que 'não deixe o meu pai ser preso'. Ora bolas, então o presidente Lula tinha conhecimento de que o Supremo iria prender o filho do Bolsonaro? Quem será que deu essa informação, até então sigilosa, para o presidente? Antigamente, no governo Lula, quando uma matéria desse naipe vinha a público, alguém colocava na imprensa: ‘vazou’. Chegou a virar chacota! Será que vão usar alguma informação enganosa para justificar que o presidente sabia que o filho de Bolsonaro iria ser preso? Que loucura está ficando o debate (ou bate-boca) antes de uma eleição. Vou continuar a usar declarações de políticos para justificar o adágio popular: 'Não está tão feio que não possa piorar'. Então sigo em frente:  

'Após a taxação de Trump, Lula voltou a usar o boné azul com os dizeres "o Brasil é dos brasileiros", criado pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) no início do ano. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta sexta-feira (11/7), em discurso duro, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mandou seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), aos Estados Unidos para tentar impedir a sua própria prisão.  

Nos EUA desde o início do ano, Eduardo articula com autoridades republicanas, aliadas do presidente Donald Trump, para que o país imponha sanções contra o Brasil e contra o Supremo Tribunal Federal (STF) em resposta ao julgamento de seu pai, acusado de comandar uma tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro deve 'assumir responsabilidade' por taxa de Trump, diz Lula.  

'Qual é a lógica dele (Trump)? "Ah, não processe o Bolsonaro, pare com isso imediatamente". Porque a coisa mandou o filho que era deputado se afastar da Câmara para ir ficar pedindo a Trump: "pelo amor de Deus, solta meu pai, não deixa o meu pai ser preso". É preciso essa gente criar vergonha na cara', declarou Lula.  

O presidente comentou o caso durante evento em Linhares, no Espírito Santo, para anunciar o acordo do Rio Doce que compensa os estragos causados nos estados afetados pelo desabamento da barragem em Mariana, Minas Gerais, em 2015.  

Voltei. Fiquei impressionado com a declaração de Lula de que Bolsonaro é tão importante que mandou seu filho para falar com Trump. Então, cá entre nós, Bolsonaro tem poder? Porque um presidente que está sendo julgado teria força para mandar (ou determinar) que Trump tome essa decisão? Finalizo confessando: 'Eu sou mais burro do que confessei muitas vezes. Concordam ou não?'  

'A coisa mais pequena de um homem é ele não ter caráter. Vocês viram ontem o filho dele na internet lendo uma carta: "Olha, Trump, fala que você não vai taxar se meu pai não for preso". Que tipo de homem é esse? Que tem vergonha de enfrentar o processo de cabeça erguida e provar que é inocente', acrescentou Lula.  

O presidente disse, ainda, que não tem influência sobre o julgamento da tentativa de golpe de Estado pelo STF, e que Bolsonaro foi denunciado por generais e pelo seu ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, do Exército, que participaram do governo Bolsonaro. O chefe do Executivo pontuou também que o ex-presidente será julgado, liberado se for inocente, e preso se for culpado. 'Essa gente não vai brincar com o Brasil', frisou.  

Durante evento, Lula voltou a usar um boné azul com os dizeres: 'O Brasil é dos brasileiros', adotado no início do ano por governistas e inspirado no boné vermelho de Trump “Make America Great Again” (Torne a América Grande de Novo, em inglês).  

Reação Além das críticas à família Bolsonaro, Lula também voltou a defender que a relação comercial com os Estados Unidos é deficitária para o Brasil, e não para os EUA, como disse Trump, e que o republicano está 'mal informado'. E fez elogios ao povo norte-americano, dizendo que separa as ações do Trump da população.  

Lula comentou também sobre a reação que estuda contra a tarifa. Voltou a dizer que vai tentar negociar e buscar apoio em organizações internacionais, mas deixou claro que vai taxar os Estados Unidos de forma recíproca caso a negociação não avance.  

'Vou tentar brigar em todas as esferas para que venha a taxação. Vou conversar na OMC (Organização Mundial do Comércio), vou conversar com meus companheiros do Brics. Mas, se não tiver jeito no tête-à-tête, eu vou estabelecer a reciprocidade. Taxou aqui, a gente taxa lá', declarou.  

Entenda quem quiser. Concordam ou não? 


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