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COMEÇA O DEBATE SOBRE A REFORMA

Não vou contar nenhuma novidade na coluna de hoje. Vou apenas recapitular o que tem acontecido nos últimos anos, principalmente após a negociação feita por Fernando Henrique Cardoso para aprovação da reeleição. Todos os presidentes da República após a ditadura tiveram que negociar com o Congresso para governar um pouco mais tranquilos. Então, o que está para acontecer, antecipei no final do ano passado, quando anunciei a negociação que estava acontecendo.   

Primeiro, o presidente Lula conseguiu aprovar seus projetos no Congresso, mesmo que com emendas, mas conseguiu. Ali já entrou um tipo de cobrança que obrigou o ministro Dino a afrouxar, em parte, a liberação dos pilas, das emendas que estavam trancadas. Após a lenga-lenga da eleição para presidente das duas casas legislativas (Senado e Câmara), Lula foi obrigado a receber alta do hospital onde estava em tratamento para acertar as contas com o presidente da Câmara (Lira), que se negou a negociar com o ministro Padilha, se não me falha a memória. A negociação entre Lula e os próximos presidentes da Câmara e do Senado resolveu a questão. Lula perdeu as duas casas, mas combinou e cumpriu, ao liberar ministros (deputados e senadores) para que voltassem ao plenário e votassem nos dois candidatos do Centrão.   

Ou seja, estava tudo acertado. Então, não há nenhuma novidade na matéria que saiu ontem no CB (Correio Braziliense), que “colo” para os leitores:   

“O xadrez da reforma ministerial: Silveira e Múcio ficam, mas quem sai? Lula indica a permanência dos ministros da Defesa e de Minas e Energia; outras pastas, no entanto, seguem indefinidas na reforma ministerial. O Centrão pressiona por mais espaço, e mudanças devem ocorrer até março. Lula demonstra que não tem pressa para fazer as mudanças, como reafirmou na semana passada. Na discussão sobre reforma ministerial, o titular de Minas e Energia, Alexandre Silveira, começa a semana fortalecido, mesmo sob fogo do novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Em entrevista a rádios mineiras, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse com todas as letras que Silveira ‘será mantido ministro’ e que não tem pressa para fazer alterações em seu time.   

Em outra frente, Lula convenceu o titular da Defesa, José Múcio, a permanecer no cargo, apesar dos pedidos para sair e passar mais tempo com a família. Outras pastas, porém, seguem com destino indefinido e servem como moeda de troca para legendas de centro, que cobram mais caro pelo apoio ao governo após as eleições municipais do ano passado e a eleição no Congresso.”   

VOLTEI.   

Fatos são fatos. A mesma coisa aconteceu com Bolsonaro, que teve que negociar com o Congresso para evitar a ameaça de ser cassado.   

 Pergunta: o que mudou? Nada!!!!!!   

Atenção para um detalhe: entramos no ano pré-eleitoral. Então, as portas da República estão abertas para negociações políticas. Fique atento, eleitor, porque tudo o que fizerem daqui para frente vai ser com um "olho" nas eleições de 2026. Certo? 

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