AGU pede investigação sobre irregularidades nos preços dos combustíveis

É comum, na vida privada, as pessoas (nem todas) jogarem para a torcida. Ou seja, jogam mal e colocam a culpa no técnico, na gandula e, muitas vezes, no salário atrasado. Isso eles revelam para alguns profissionais da imprensa e pedem que não revelem quem lhes contou. Isso já forma um bla-bla-bla explorado fortemente pela imprensa. Agora, é um esporte não público. Ou seja, não pertence e nem é custeado pelo município, Estado ou União.
Agora, quando a coisa é pública, aí é diferente. Como se sabe, os combustíveis hoje têm, como parte de seus conselhos, principalmente o presidente, indicado pelo presidente da República. O presidente do Conselho anterior, Roberto Campos Neto, bateu sempre de frente com o presidente Bolsonaro. Como dirigiu o Copom, com independência, como a lei determinava, cada vez que havia um aumento, o presidente Lula botava a “boca no trombone”. O dirigente havia sido nomeado pelo presidente anterior do Brasil (Bolsonaro). Lula chegou — e digo até se elegeu — com a bandeira de diminuir o custo dos combustíveis. Nunca conseguiu.
Então, a surpresa que me assola, como eu não me impressiono com briga entre autoridades políticas, só vou tocar no assunto pela manchete que encabeça a coluna de hoje, que diz: “AGU (Advocacia-Geral da União) pede informações sobre preços dos combustíveis”.
Mas vamos lá, que o cidadão comum não dá bola para o aumento dos combustíveis, porque muitos afirmam que isso não os atinge, porque não têm automóvel. Eles não sabem, e ninguém tem interesse em informar, que o combustível entra no preço final de qualquer produto que seja trazido para o mercado. Até o carvão, sem falar no feijão e todos os demais produtos negociados entre comércio e consumidor, sofre alteração de preços sempre que o combustível sobe.
Agora, uma entidade que compõe o governo para fiscalizar pedir informação sobre o valor cobrado pela distribuidora Petrobras dá vontade de rir, não de chorar. Membro do governo não sabe qual a causa? A inflação, sempre ou quase sempre, é provocada pelo próprio governo. Pelo aumento do gasto público, pelos contratos de funcionários eventuais, geralmente cabos eleitorais de algum político.
Autoridades, principalmente, não me impressionam com surpresas. Cumpri a promessa, porque o tema era economia e não política.
AGU pede investigação sobre irregularidades nos preços dos combustíveis
O órgão identificou indícios de que distribuidoras e postos não estariam repassando ao consumidor as reduções nos preços das refinarias. O pedido de investigação foi encaminhado ao Cade, à Polícia Federal e à Senacon.
Entre julho de 2024 e junho de 2025, a Petrobras realizou sete ajustes nos preços de gasolina, diesel e gás liquefeito de petróleo (GLP), sendo três aumentos e quatro reduções. A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou, nesta quinta-feira (3/7), a abertura de uma investigação sobre possíveis práticas anticoncorrenciais no mercado de combustíveis. A medida foi tomada após a identificação de indícios de que distribuidoras e revendedores não estariam repassando ao consumidor final as reduções nos preços feitas pelas refinarias, especialmente pela Petrobras, ao longo dos últimos 12 meses.
Segundo a AGU, o levantamento que embasou o pedido foi feito com base em dados enviados pela Secretaria Especial de Análise Governamental, da Casa Civil, e pela Secretaria Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, vinculada ao Ministério de Minas e Energia. A análise aponta que, entre julho de 2024 e junho de 2025, a Petrobras realizou sete ajustes nos preços de gasolina, diesel e gás liquefeito de petróleo (GLP), sendo três aumentos e quatro reduções.
Pergunta: caiu a lei que proibia controle de preços nos combustíveis?
Claro que não. Então, o mercado é livre e o consumidor compra onde os preços são menores. Concordam ou não?
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