Começa vazio sanitário da soja para conter ferrugem asiática
"Se eu não for ao Supremo, não governo o país"

Frase sem efeito prático, mas que serve para provocar o debate, que já está de nível muito baixo.
Aliás, o debate não é mais político, é de tentar arrecadar mais para distribuir benesses aos parceiros políticos, na tentativa de, se for reeleito, formar uma base parlamentar bem sólida. No momento, fica o argumento para iludir parte do eleitorado. Porque, se fosse para resolver o problema, seria mais fácil diminuir a máquina pública e enquadrar as despesas no bolo arrecadatório. No português bem claro: ‘não gastar mais do que arrecada’.
Os boatos, naturais na política brasileira, do disse-me-disse, vão continuar até as eleições, porque é a maneira de manter o eleitorado atento aos acontecimentos. Mas vamos dar ‘palpites’ no que tenho escutado e lido, ditados pelos políticos. Legislar, diz a Constituição, é responsabilidade do Congresso, ou seja, do Legislativo. Administrar é do Poder Executivo e, para dirimir as dúvidas, o tema é do Judiciário.
Acontece que o Legislativo quer governar. O Executivo não consegue governar, porque há um movimento forte que segue a regra do adágio popular: ‘não está tão ruim que não possa piorar’. Em torno disso tudo, o Judiciário quer impor suas regras e ter a supremacia, também, de comandar o Congresso e cercar o Poder Executivo. Assim, não vão se acertar nunca.
No momento em que o governo se aperceber que tem que manter o equilíbrio nas finanças, vai diminuir o gasto público e gastar dentro dos limites da arrecadação. Assim, agora que estamos na beira do abismo, a solução é deixar sobrar alguns trocados da arrecadação para ir amenizando a dívida pública. Ou seja, em ano pré-eleitoral, é muito difícil que isso aconteça.
Seguindo no raciocínio, tomando por base as estratégias do governo, apenas um lembrete: são poderes independentes, e cada um tem suas estratégias baseadas na Constituição. Lula quer arrumar mais arrecadação, então ele procura aumento de impostos (IOF). Ou seja, carga tributária para todos nós pagarmos. E gasto público nas alturas para abrigar correligionários que, de alguma maneira, vão sair atrás do dinheiro que todos nós pagamos quando estamos inseridos na carga tributária. Ou seja, tudo que nós compramos tem o peso dos impostos embutidos. Mas não é um cálculo fácil de fazer? Claro que é, mas os governos não querem ceder ao óbvio no que diz respeito ao gasto público. Este sim vai acabar consumindo o que ainda resta de bom senso governamental. Se é que resta alguma coisa.
Você acredita que vai adiantar alguma coisa? Não, porque o governo, através da equipe econômica, sabe disso. Mas por que não aplica? É uma boa pergunta que alguém deveria explicar. Pelo visto, não interessa. Enquanto isso, nossa dívida cresce assustadoramente. Vai chegar um momento em que vamos ter que fabricar dinheiro, coisa que no passado fez com que mudássemos o nome da nossa moeda: do Cruzeiro, chegamos ao atual Real. Qual será o futuro que está reservado para nós, povo sofredor?
Tentar mudar no voto, mas não tem jeito. O eleitor também é acomodado. Os legisladores querem a reeleição e, para isso, precisam ter dinheiro, e o governo só gasta. E aqui não escapa nenhum governo. Não é assim? Concordam ou não?
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