Edgar Muza
AGORA QUE SÃO ELAS – HOSPITAIS DEIXAM DE ATENDER
AGORA QUE SÃO ELAS – HOSPITAIS DEIXAM DE ATENDER
Administração pública em geral deixa muito a desejar. Não tem uma gestão que não esteja minada pela política partidária. E aí se perde na gestão pública ao ser ‘dominada’ pela política. Como se sabe após a ditadura os governos que se estabeleceram, se ligaram na eleição de seus companheiros de partido. Após o projeto aprovado pelo Congresso a reeleição passou a ser prioridade de quem está no governo. Trabalha politicamente para ser reeleito. Se a população conseguir eleger o maior número de deputados e senadores que pertencem ao mesmo partido do governo, é claro que o executivo terá mais facilidade em aprovar seus projetos. Deixo claro que até nos partidos do governo tem as diferenças de correntes. Pois bem mas o governo eleito tem oportunidade de conquistar a maioria no legislativo. Sim isso é possível bastando que o balcão de negócios seja aberto. Cargos públicos para os aderentes, aumento de dinheiro para os partidos concorrerem a cargos eleitorais, aumento de emendas parlamentares e por aí vai. Conseguida a maioria não lhe da a garantia de fazer ‘tudo o que quer’. Isso é algo que aos poucos o povo vai sentindo na pele. Mas é muito devagar. O que está acontecendo agora é uma prova do que estamos abordando. Muito estão contrariando as decisões do Supremo. E não são somente os adversários políticos do governo. Muitos aliados, também se rebelam e não votam a favor dos projetos do governo que, seus partidos aderiram. Pois bem, estamos abordando um tema geral, que ocorre no Brasil. A política se tornou um balcão de negócios, Isso é baseado em fatos. Não é invenção da coluna. Vimos abordando o tema desde a criação da reeleição (Governo F.H.Cardoso), Mas o que me trouxe a analisar a politica em geral, foi o governo do Rio Grande do Sul. Após criar um novo modelo para os que descontam para o IPÊ tirando alguns de seus direitos com um ‘canetaço’ e aumentando o valor de sua mensalidade, chocou no ‘pau da carpa’ porque muitos hospitais (na quarta feira 30 de abril eram 18) deixaram de atender aos segurados do Instituto de previdência do Estado. Todos os funcionários públicos vinculados ao estado e algumas prefeituras gaúchas, estão praticamente sem atendimento. Mas os que já pagaram, por muitos anos, perdem seu direito? E ninguém faz nada? Perguntei no Visão Geral da semana passada. Os hospitais estão. Alguns profissionais da saúde, já vinham reagindo e não atendendo o IPÊ. A reação das associações médicas do Rio Grande do Sul, divulgou nota advertindo que os hospitais e seus médicos poderiam paralisar. No caso de urgência iriam recorrer ao SUS. Mas aí seria dinheiro da União ou seja, o nosso, que não conseguiria resolver todo o problema. Porém, e sempre tem um, o SUS poderia bancar e ‘descontar’ do estado ao enviar o que eu chamo de ‘duodécimo’, Ai sim seria guerra total. Por isso eu penso que o tema vai ser acertado por aqui mesmo. Acho que, primeiro os representantes dos hospitais, irão querer que o Estado pague o atrasado. E depois cumpra com o direito dos que descontam para o instituto. Pra mostrar que sentiu a reação, o governador do Estado retirou da Assembleia Legislativa o projeto de aumento do ICMS. Mas deixou na manga para reapresenta-lo após as eleições. A sociedade reagiu e o governo se assustou com a força da população. Então, nada está perdido. Outubro tem eleição. Certo?
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