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MUDA TUDO, MAS FICA A MESMA COISA

Outro exemplo, entre tantos, para confirmar as “mudanças” no Brasil. Mudam tudo: regras do jogo, leis, procedimentos legislativos… mas chegam à conclusão de que está bem assim. Pra quê mudar? 

 Manchete de ontem, segunda-feira, 14 de abril, no Correio Braziliense: 

“Câmara adota dois pesos e duas medidas na condução de processos de cassação”.  

Achei interessante porque essa fórmula vem se repetindo há muitos anos. Aos coligados com o governo, tudo; aos adversários, nada.  

Mas sigo “colando” a matéria do CB: 

“A disparidade no tratamento de processos de cassação ganhou novo fôlego com os casos de Chiquinho Brazão e Glauber Braga. O Conselho de Ética aprovou o processo de cassação de Glauber Braga (PSOL-RJ), com 13 votos favoráveis e cinco contrários, intensificando a tensão.”  

A cassação do mandato do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), aprovada por 13 votos a favor e 5 contrários no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, intensificou a pressão sobre o presidente da Casa, Hugo Motta. A rapidez no andamento do processo chamou a atenção de especialistas, militantes e parlamentares do partido, que questionam as prioridades do Parlamento e denunciam uma disparidade no tratamento dado a outros casos de cassação na Câmara.  

Na quinta-feira, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), que também é esposa de Glauber, criticou a desproporcionalidade das decisões e cobrou de Motta que ele paute a votação sobre a cassação de Chiquinho Brazão (União-RJ), preso desde março de 2024, suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco.  

Segundo a deputada: 

“É absolutamente desproporcional a pena de perda de mandato. Temos parlamentares, como Chiquinho Brazão, preso há mais de um ano, e até hoje o plenário da Câmara não teve a dignidade de pautar sua cassação", declarou.  

Antes da votação de Glauber, na terça-feira, o presidente do Parlamento chegou a se reunir com parlamentares do PSOL e indicou que, “em breve”, pautaria o caso Brazão, como tentativa de equilibrar as decisões do Parlamento.  

O próprio Glauber Braga, que desde o início do processo já denunciava perseguição política e autoritarismo na condução dos trabalhos, reagiu com um protesto e permaneceu no plenário 5 da Casa, passando a dormir no local, dando início a uma greve de fome, vigente até o fechamento desta matéria. O deputado, de acordo com a assessoria, estava ingerindo somente líquidos e foi assistido pelo Departamento Médico da Câmara, com aplicações de soro e atendimentos periódicos.  

Ismael Lopes, amigo pessoal de Glauber, denunciou que o Parlamento estaria “usando de manobras” para viabilizar a votação no Conselho de Ética. Ele relatou que a abertura da Ordem do Dia, que normalmente começa às 16h das quartas-feiras, foi segurada até 18h30, o que permitiu o encerramento do processo de cassação de Glauber no Conselho. 

“Ficou muito claro. Sempre interrompem as votações para começar a Ordem do Dia no plenário, mas nesse dia isso não ocorreu”, disse Lopes.  

Para o cientista político Valdir Pucci, a situação no Parlamento evidencia a polarização política que domina o país. Ele criticou a falta de sintonia da Câmara com as demandas da sociedade. 

“As prioridades da Câmara não estão em sintonia com as prioridades e os problemas essenciais do Brasil. Cabe ao presidente Hugo Motta fazer um freio de arrumação nessa questão”, opinou (...). 

“VOLTEI” – Como as pessoas se surpreendem com acontecimentos que se repetem seguidamente. 

É a guerra da ‘lagosta’, mas não é guerra fria. Vai gerar mais debates. A eleição está perto. 

Concordam? 

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