Operação
Ibama fiscaliza supressão de campos nativos em Bagé
Fiscalização Ibama - Uma das áreas fiscalizadas pelo Ibama no RS
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fiscalizou oito mil hectares em áreas de supressão dos biomas Pampa e Mata Atlântica no Rio Grande do Sul, durante uma nova etapa da Operação Campereada. Trinta polígonos detectados por imagens de satélite foram alvo da ação, iniciada no começo de novembro, inclusive em Bagé.
O uso das imagens permitiu identificar os maiores e mais recentes pontos de supressão, por meio da comparação entre registros atuais e dados de cinco a dez anos atrás — períodos de pousio previstos em lei, quando o uso da terra é interrompido para recuperação do solo. Após confirmar conversões recentes de vegetação nativa para uso agrícola, o Ibama selecionou esses locais para fiscalização em campo.
As equipes vistoriaram áreas nos municípios de Bagé, Santiago, Soledade e Vacaria, notificando proprietários para apresentarem autorizações e contratos de arrendamento. As notificações prévias permitem o envio de documentos e justificativas técnicas que podem levar à reanálise dos polígonos identificados.
Durante a operação, mil hectares foram imediatamente embargados e o restante ficará sob análise após o retorno das notificações. Outros 250 hectares já estavam embargados em fiscalizações anteriores e seguem em processo de recuperação ambiental, com pastoreio controlado para favorecer a regeneração dos campos, em ações acompanhadas pela Diretoria de Biodiversidade e Florestas (DBFlo).
A supressão irregular de campos nativos pode gerar multas de R$ 1 mil por hectare no Pampa e R$ 7 mil na Mata Atlântica, além do embargo das áreas e inclusão na lista pública de propriedades embargadas. O produtor rural deve solicitar autorização prévia aos órgãos ambientais competentes, conforme determina a legislação.
Realizada desde 2013, a Operação Campereada atua para proteger os campos nativos do Pampa e da Mata Atlântica no Estado, com base nas Leis nº 12.651/2012 e nº 11.428/2006.

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