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Cooperação leva serviços de saúde à Serrilhada/Cerrillada

Gabriel Marques - Trata-se de nova fase de integração entre os dois territórios

Brasil e Uruguai firmaram, na manhã dessa terça-feira (25), uma parceria para ampliar o acesso a serviços de saúde na comunidade rural conhecida como Serrilhada, no lado brasileiro, e Cerrillada, no lado uruguaio. O ato oficial, realizado de forma conjunta pela Prefeitura de Bagé e pelo Departamento de Rivera, marca uma nova fase de integração entre os dois territórios, situados exatamente sobre a linha de fronteira.


Pelo acordo, equipes de saúde dos dois países irão se alternar semanalmente, garantindo presença contínua de profissionais e atendimento médico, odontológico e ações de promoção à saúde. 


A iniciativa envolve a Prefeitura de Bagé, o Ministério da Saúde do Uruguai, a Direção Departamental de Saúde de Rivera, a Administração dos Serviços de Saúde do Estado (ASSE), a Intendência de Rivera e a Rede de Atenção Primária (RAP).


A cooperação reforça uma agenda de integração que já vem sendo construída. Em junho, um convênio entre o Daeb e a estatal uruguaia OSE garantiu água potável para cerca de 30 famílias brasileiras que nunca haviam tido acesso a uma rede regular, modelo que agora se estende à área da saúde.


O prefeito Luiz Fernando Mainardi afirmou que a ação fortalece o cuidado com moradores de áreas rurais e reafirma o caráter colaborativo das cidades de fronteira. Segundo ele, “a Serrilhada nunca enxergou a fronteira como barreira", e que  essa parceria traduz essa realidade. Para Mainardi, a iniciativa demonstra que a união de esforços gera resultados diretos para a população e deve ser ampliada.


O representante da Intendência de Rivera, doutor Pablo Prestes, ressaltou que a integração em saúde otimiza recursos e melhora a qualidade da atenção prestada. O diretor departamental de Saúde, Gabriel Denicolay, destacou que o acordo representa o início de um ciclo mais amplo de cooperação. 


Já o secretário de Saúde de Bagé, Gilson Machado, enfatizou o caráter prático e simbólico da ação, lembrando que a saúde reconhece pessoas, não fronteiras, e que o trabalho conjunto já se reflete em soluções concretas para a comunidade.


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