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Planalto diz que diálogo entre Lula e Trump foi "cordial e produtivo"

Ótimo. Até quando?

Presidente brasileiro pede a Donald Trump a retirada de sobretaxas sobre produtos brasileiros e convida o líder norte-americano para a COP30, em Belém. Lula pede a Trump o fim do tarifaço e das sanções às autoridades brasileiras. (Crédito: Platobr Política)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, na manhã desta segunda-feira (6/10), uma ligação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O telefonema, que durou cerca de 30 minutos, marcou o primeiro contato direto entre os dois líderes desde o reencontro em Nova York, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), e foi descrito por fontes do Palácio do Planalto como “cordial e produtivo”. Conforme a nota divulgada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) após a reunião, Lula classificou a conversa como uma oportunidade de “restauração das relações amigáveis de 201 anos entre as duas maiores democracias do Ocidente”.

O comunicado do Planalto informou ainda que o presidente brasileiro destacou que o diálogo simboliza um recomeço diplomático entre os dois países, após anos de tensões comerciais e políticas. Lula e Trump conversaram por videoconferência no Alvorada. Durante o telefonema, Lula reforçou que o Brasil é um dos três países do G20 — grupo das 19 maiores economias desenvolvidas e emergentes do planeta, mais a União Europeia — com os quais os Estados Unidos mantêm superavit na balança de bens e serviços. Ele ainda aproveitou o momento para solicitar a retirada da sobretaxa de 40% aplicada a produtos brasileiros e a revisão das medidas restritivas impostas a autoridades do país, que entraram em vigor no dia 6 de agosto. Antes, o imposto de importação aplicado desde março, após a posse de Trump, era de 10%.

O republicano, por sua vez, demonstrou disposição em avançar nas tratativas e designou o secretário de Estado, Marco Rubio, para dar sequência às negociações com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

De acordo com o Planalto, os dois líderes manifestaram a intenção de realizar um encontro presencial “em breve”. Lula sugeriu que o diálogo ocorra à margem da próxima Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), na Malásia, e reiterou o convite para que Trump participe da COP30, que será realizada em Belém, no início de novembro. O presidente brasileiro também se disse disposto a visitar Washington para dar continuidade às tratativas.

Que siga o baile. Internamente, porém, continuam vazando sinais de desencontro entre aliados no Brasil. Tanto é verdade que o ministro Sabino desafia a cúpula do União para continuar no governo Lula.

Em um gesto de aproximação pessoal, Lula e Trump trocaram contatos telefônicos para manter uma via direta de comunicação entre os dois. Do lado brasileiro, acompanharam a conversa o vice-presidente Geraldo Alckmin, os ministros Mauro Vieira, Fernando Haddad (Fazenda) e Sidônio Palmeira (Secom), além do assessor especial da Presidência, Celso Amorim.

O diálogo ocorre em um momento em que o governo brasileiro busca fortalecer laços comerciais e políticos com grandes economias, num cenário global de reconfiguração de alianças. A expectativa do Planalto é de que a reaproximação com Washington contribua para destravar barreiras comerciais e ampliar o intercâmbio tecnológico e energético entre os dois países.

Embora ainda não haja confirmação oficial sobre o encontro presencial entre Lula e Trump, auxiliares do Planalto avaliam que o telefonema representa um “gesto significativo” de retomada da confiança mútua. O tom amistoso da conversa também foi interpretado como um indicativo de que ambos os líderes desejam inaugurar uma nova fase nas relações bilaterais. Então tá. Ou não?


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