PACIÊNCIA, A VIDA É ASSIM – NINGUÉM É CULPADO

Quase cansando de recorrer a letras de samba para explicar as decisões políticas, hoje apelo para o tango. Mas o que me levou a apelar para música de *la cuenca del Pampa (ou Plata?) é simples de entender, principalmente para quem se "viciou" em ler a coluna ou escutar o programa de rádio, agora na televisão Liberdade e rádios web (Visão Geral):
Vou parar de fazer voltinha e entrar na razão de minha alegria: passou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) o projeto que termina com a reeleição. Mas ainda teremos que esperar algum tempo, porque uma deputada pediu vistas, pois quer colocar algumas emendas no original.
Pois bem, isso é algo que venho combatendo (grande coisa!) desde que Fernando Henrique "convenceu" o Congresso a votar a reeleição e acabou se beneficiando, porque foi o primeiro a ser reeleito. Isso todo mundo que me acompanha sabe. Reeleição serve como luva para quem está no governo, e isso implica em maioria no Congresso, tendo como troca cargos importantes e recursos financeiros na sua base eleitoral. Ou seja, usando nosso dinheiro.
Pois bem, mas aí, para ser votado e ter validade para a eleição em 1934. Sim, senhores: 1934.
NEM TUDO ESTÁ PERDIDO – TEM MAIS COISAS
Sim, senhores, o projeto tem mais coisas que o senil velho de guerra (sou eu) vem defendendo há muito tempo: eleição de cinco em cinco anos para todos os cargos – Executivos e Legislativos, federais, estaduais e municipais. Pois está no projeto. Agora, se vai passar, aí são outros quinhentos.
Por isso, vou iniciar uma campanha, continuação das antigas, de pressão popular para que a votação aconteça. (Aliás, entre aspas, minha campanha solitária anterior baseava-se no seguinte texto: "não repita voto, evite que políticos criem raiz"). Se alguém duvidar, recorra ao velho Correio do Sul e lerá minha opinião.
Pois bem, vamos analisar as vantagens. Em primeiro lugar, a diminuição dos gastos com eleições. Presidente da República e governadores, por outro lado, prefeitos. Hoje, os partidos recebem uma "babionia" nas eleições municipais, que é a base das demais (presidente e governadores). Teremos um repasse somente, porque todas as eleições serão no mesmo dia. Ou seja, economizamos com auxílio (de nossos impostos, se diga de passagem). A liberação de recursos será uma vez só em cinco anos.
Cá para nós: não será um "sonho de uma noite de verão"? Que seja. Mas agora depende de nós, eleitores, pressionarmos para agilizar o processo. Que é algo que vai ficar para a história, eu não tenho dúvida. Mas, em quem tenho dúvida, é no Congresso Nacional. Será que vão aprovar? Eis a questão. Mas pelo menos está no Congresso (Câmara), tramitando. Isso já é alguma coisa. Concordam ou não?
DUAS COISAS QUE MAIS ME EMPOLGAM**
A dupla Ba-Gua e o término da reeleição. Agora, é claro, corremos o risco de o dinheiro que se economizaria com "eleição única", os políticos – não todos – quererem usar em suas campanhas eleitorais.
Mas isso é um assunto para mais adiante.
Mas que vai me fazer "pular do caixão", lá isso vai.
Campanha: fim da reeleição.
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