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Leitor, você joga? Você é contra apostas?

Este tema é um debate de muitos anos. Aliás, dizem "as más línguas" que as apostas não foram legalizadas até hoje por pressão da Igreja. Você acredita? Eu fico cético, porque já vi tanta coisa que, creio, vou morrer sem ver. Inclusive, a loteria esportiva foi extinta porque haviam encontrado combinação de apostadores, compra de resultados e políticos por trás de tudo. Sem generalizar. Lembram do deputado que acertou 19 vezes na loteria esportiva? Foi processado, morreu, e ficou tudo para a família. Ali teria sido a causa da extinção, que foi por um bom tempo a alegria de quem gostava de apostar. Ninguém foi obrigado. Ninguém é obrigado até hoje a apostar. O próprio governo tem inúmeras modalidades de apostas que deixam bom dinheiro para o caixa (bolo) do Brasil. Então, não culpem o apostador por ter ficado sem dinheiro para levar comida para sua família. Estou fazendo esse “introito” no momento em que o Senado aprova projeto que restringe propaganda de casas de apostas (Correio Braziliense de quinta, 29). Vamos estender mais a divulgação para os leitores se aperceberem que por baixo do arroz tem linguiça. Leia: “Texto proíbe uso de atletas, artistas e influenciadores em anúncios; proposta segue para análise na Câmara dos Deputados.” Isso quer dizer que atletas e artistas têm um grande poder de convencimento e, por isso, estavam sendo contratados? Por que os órgãos públicos não contratam essas personalidades para anunciar suas loterias?  

Não, primeiro vão tentar tirar esses “adversários” das mãos das grandes bancas de apostas, depois irão tratar de contratá-los para aumentar suas vendas. Agora, acho que ainda irão encontrar um meio-termo para solucionar o problema. O tempo dirá se tenho ou não razão.  

A proposta proíbe o uso de atletas, artistas, comunicadores, influenciadores e autoridades em anúncios, numa tentativa de conter os efeitos sociais negativos das apostas. Voltei — e fica provado que essas apostas são concorrentes às comandadas pela Caixa e serão combatidas com todo o vigor. Será que a fiscalização vai funcionar? !!!!! — Vou seguir com a matéria publicada pelo CB. Leia: 

“O Senado aprovou na quarta-feira (28/5) o projeto de lei que restringe a propaganda das apostas esportivas de quota fixa, conhecidas como bets. A proposta proíbe o uso de atletas, artistas, comunicadores, influenciadores e autoridades em anúncios, numa tentativa de conter os efeitos sociais negativos das apostas. O texto, de autoria do senador Styvenson Valentim (PSDB-RN) e relatado por Carlos Portinho (PL-RJ), segue agora para a Câmara dos Deputados. Em discurso no plenário hoje (29), a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, destacou a importância da aprovação e elogiou a condução do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).  

Ela afirmou que o projeto busca combater a lavagem de dinheiro, a evasão de divisas e o impacto social das apostas, especialmente entre os mais vulneráveis. “Espero que a Câmara tenha a mesma altivez desta Casa para enfrentar um gigante que, infelizmente, tem por trás a atuação do crime organizado”, declarou a parlamentar.”  

Leia também: CPI das Bets: influenciadores ignoram convocação e Dr. Hiran ameaça condução coercitiva  

A proposta aprovada prevê diversas proibições, como a veiculação de publicidade durante transmissões esportivas ao vivo, a utilização de imagens de atletas ou influenciadores e o patrocínio a árbitros. No entanto, há exceções, como a possibilidade de ex-atletas participarem de campanhas após cinco anos do fim da carreira e a permissão de anúncios quando o operador for patrocinador oficial do evento ou do uniforme das equipes. Uma leitora do Correio foi direto ao tema: Virgínia Fonseca sobre bets: “Se realmente faz tão mal, proíbe tudo.”  

O relator, Carlos Portinho, defendeu um caminho de regulamentação, e não de proibição total da publicidade. Ele afirmou que a proposta busca reduzir o alcance das apostas ao público jovem e coibir o chamado “marketing de emboscada” em arenas esportivas. Portinho citou a falta de autorregulamentação do setor e a necessidade de proteger a população do vício, classificando o jogo como uma questão de saúde pública. Durante a votação, senadores da base do governo e da oposição ressaltaram a urgência da medida, diante do crescimento do endividamento e do empobrecimento causados pelo vício em apostas.  

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) e a senadora Leila Barros (PDT-DF) elogiaram o equilíbrio do substitutivo, ainda que Girão defendesse restrições ainda mais rígidas. Ambos citaram o aumento de casos de adoecimento mental, endividamento e até suicídios relacionados ao vício. A senadora Soraya também manifestou preocupação com a segurança das autoridades, ao comentar a recente operação da Polícia Federal contra um grupo acusado de espionagem e assassinatos por encomenda. “Quando temos um ataque às instituições, quando pessoas invadem as sedes dos Três Poderes, como é que o mundo nos enxerga? Como um país frágil, vulnerável, cuja democracia ainda não foi solidificada”, alertou.  

Voltei II — Não precisa disso para saber que nossa democracia é insipiente e muitos políticos e algumas decisões tomadas contrariando as leis já são do conhecimento do mundo. Certo ou não? 

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