Na manhã de quinta-feira (18), o prefeito de Bagé, Luiz Fernando Mainardi, e o secretário municipal de Saúde, Gilson Machado, estiveram em Porto Alegre para uma reunião com a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann. O encontro teve como pauta central questões estratégicas para o fortalecimento da saúde pública no município, incluindo a redução da mortalidade infantil e a negociação de dívidas antigas.

Entre os temas mais urgentes, destaque para a preocupação com os elevados índices de mortalidade infantil registrados em Bagé e região nos últimos anos. A proposta discutida foi a criação de ações integradas entre município e Estado, visando ampliar o acesso da população e qualificar os serviços oferecidos. Gilson Machado ressaltou a importância da parceria: “É muito importante tratar com a secretária e sua equipe, assim de perto, sobre indicadores de saúde para fortalecer as parcerias”.

Outro assunto de peso foi a dívida aproximada de R$ 15 milhões do município com o Estado, resultado de irregularidades no faturamento do programa Tratamento Fora do Domicílio (TFD) e de recursos relacionados à saúde auditiva em gestões anteriores. O prefeito Mainardi afirmou que a administração busca uma solução que permita reverter o débito em ações concretas para a saúde da população. “Estamos em negociação com o governo do Estado para que esse débito possa ser revertido em serviços”, explicou.

O encontro também abriu espaço para tratar da situação da Santa Casa de Caridade de Bagé, que recentemente anunciou a redução de serviços. Mainardi questionou a secretária sobre a situação, mas Arita Bergmann afirmou não ter recebido qualquer comunicação oficial da instituição, apesar de o Estado ser o principal contratualizador dos serviços de média e alta complexidade do hospital.

A secretária acrescentou que, até o momento, não houve notificação formal ou pedido de revisão de contrato pela Santa Casa. Por outro lado, destacou que o Governo do Estado deve lançar em breve o programa SUS Gaúcho, que prevê a destinação de R$ 269,2 milhões para recursos ambulatoriais e hospitalares ainda em 2025. A medida, segundo ela, pode abrir uma nova oportunidade para o hospital superar suas dificuldades financeiras.