Exposições de primavera abrem calendário com eventos em Bagé, Lavras e Vacaria
Que siga o baile – o baile não pode parar – Dr. João Bosco Abero

Entra semana, sai semana, e o tema é o mesmo: anistia tem sido a bola da vez. Mas isso tem sido uma boa coisa, porque tem gente que está mostrando a cara. Tem muita semelhança com fatos passados, e ainda não sei se é coincidência ou proposital. Como não acredito em coincidência, fico com proposital.
Vou retornar ao passado. Quando Lula foi preso e estava para vencer o prazo para escrever chapa para a presidência da República, vendo que a chance era mínima de concorrer à presidência, ele (Lula) indicou a Dona Dilma como candidata em seu lugar. Como quem não quer mais nada, Sarney entrou em campo e anunciou que Temer seria o vice do MDB na chapa do PT. Fechado o negócio, seguiu o baile.
O relator da anistia, antes de decidir, se reuniu com Temer, Aécio, Hugo Motta — um time de peso —, sem nenhuma dúvida, tendo por trás o velho Sarney. O relator da anistia (Paulinho da Força) passa a tratar a proposta como “PL da dosimetria”. Agora, o que disse Renan Calheiros após reunião com Temer é de envergonhar papagaio de pensão. Disse que seria uma vergonha deixar tudo nas mãos do Congresso, que passaria a proibir qualquer ação que visasse esclarecer denúncias. Não daria permissão para investigarem, mais ou menos como aconteceu com ele (Renan) e Aécio Neves, cujo processo até agora não se sabe onde anda. Nem o de Temer, cuja gravação foi publicada pela imprensa pelo Batista (o empresário das carnes).
O que saiu da reunião confirmou o que já se sabia: a expectativa é de redução de penas, mas sem absolvições. Ficou um tanto confuso. Vou “colar parte” da matéria publicada no Correio Braziliense. Leia:
Em reunião realizada na noite desta quinta-feira (18/9), na residência do ex-presidente Michel Temer, o relator da proposta que trata da anistia aos envolvidos no 8 de janeiro, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), anunciou que o texto passará a ser chamado de projeto de lei da dosimetria de penas. A mudança marca uma inflexão na estratégia: o objetivo agora é reduzir as punições, sem extingui-las. Além de Temer e Paulinho, participaram do encontro o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) e, de forma remota, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Durante a conversa, os presentes também mantiveram contato com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O entendimento unânime foi de que as decisões da Corte devem ser respeitadas, incluindo as condenações já impostas aos oito réus do núcleo central do processo, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro, bem como aos demais participantes dos atos golpistas.
Relator da anistia não fecha porta a ninguém, muito menos ao ex-presidente Bolsonaro. Na saída, Paulinho ressaltou que o projeto não tratará mais de perdão, mas da modulação das penas. “Ninguém que participou do planejamento, financiamento ou depredação deixará de ser condenado, mas poderá ter redução de pena”, afirmou. A expectativa é que as 141 pessoas ainda presas tenham direito à progressão, deixando a prisão em regime fechado. Já para os condenados do núcleo principal — como Bolsonaro — a redução deverá ser pequena, preservando as sanções definidas pelo STF.
Segundo participantes, o relator deve iniciar uma rodada de conversas com líderes partidários para calibrar os tempos de pena aplicáveis a crimes contra a democracia. Uma reunião com ministros do STF também deve ser agendada. O tamanho da redução, no entanto, não foi discutido no encontro desta quinta. Um dos pontos de atenção é a posição do PL, que segue defendendo a anistia ampla. O grupo político de Bolsonaro, avaliam os articuladores, tende a ser convencido de que a dosimetria é a alternativa mais viável para pacificar o país — sob risco de isolamento, caso mantenha resistência.
Então tá! Entenderam ou não?
Deixe seu comentário