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Edgar Muza

AS INSTITUIÇÕES APARELHADAS – FAZ TEMPO

Cada mudança que o governo, eleito pelo povo, causa um ‘abalo’ na oposição. Porque? Ora bolas, porque o governo tem o direito Constitucional que o cargo lhe concede, para fazer as indicações que lhe convenha. É uma das coisas melhor planejadas pelos partidos políticos. É claro, tudo no sentido de continuar no mando da nação. 

Este planejamento começou a ser montado após a volta à democracia. Para mostrar que nem todo o brasileiro tem ‘memória curta’, vamos a alguns fatos. 

Peço licença para começar partindo do governo Fernando Henrique. Com a cassação de Collor de Mello, eleito pelo povo, assume seu vice, Itamar Franco. Sem falar nos detalhes e motivos que levaram o Congresso a cassá-lo, a decisão dos legisladores foi baseada no fato de que Collor não deu a mínima importância para os legisladores. 

Pois bem Itamar formou seu governo, nomeando para o Ministério da Fazenda, Fernando Henrique. Sua equipe de economistas criou o real. Como foi a primeira vez que lembro, nossa nova moeda ganhou do dólar. Isso nos deu ‘fôlego’ para as demais mudanças já programadas. 

O primeiro reflexo da nova moeda foi a eleição de F. H. C. com o apoio de Itamar. E o que fez o governo? Eenviou ao Congresso o projeto da reeleição, calcado na ‘valorização’ do real. Com às negociações com o Congresso, de onde o presidente eleito era oriundo, como senador, foi aprovado o projeto. Abaixo de benesses, cargos públicos e outros ‘penduricalhos’. 

De lá para cá, cada governo que assumia montava sua máquina. Dona Dilma que deu as costas ao Congresso, também foi cassada. Pois bem, qual o motivo que estou relembrando o passado embora não tão distante? Pela manchete que li no CB (Correio Brasiliense). Analise:  

JUSTIÇA/LEWANDOWSKI PODE SER MINISTRO 

Vou colar a matéria (ou parte dela): “A expectativa é de que o presidente oficialize o magistrado aposentado do Supremo Tribunal Federal na vaga de Flávio Dino na Justiça”. Bem aí, como se precisasse, Lula não só terá maioria no STF, como já tem, mas também terá no Ministério um ex-ministro, com ampla capacidade de negociação com quem lá ocupa o cargo. Leia: “O presidente Lula deve anunciar, até o fim desta semana, o nome do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, como novo ministro da Justiça e Segurança Pública. Segundo fontes consultadas pelo Correio, a previsão é de que o atual titular da pasta, Flávio Dino, oficialize sua saída do cargo na sexta-feira e, logo em seguida, Lula confirme o convite a Lewandowski. Dino, por sua vez, auxiliará o sucessor na transição e, na segunda quinzena de fevereiro, assumirá a cadeira de ministro do STF”. Tem alguma coisa ilegal? Claro que não. E isso é praticado desde que o projeto reeleição foi aprovado pelo governo Fernando Henrique. 

Com a possibilidade de 08 anos de mandato, o que só não ocorreu com Bolsonaro, dá tempo de aparelhar as instituições, como vem acontecendo nos últimos anos. Aí vem a memória ‘maligna do senil’, tentar analisar o futuro. Tentar interpretar a fala do presidente do Senado ao anunciar que ‘2024 ele dará início ao debate sobre termino da reeleição, aumento de 5 anos para o mandato de presidente da república e centralização de eleição única para todos os cargos executivos e legislativos’. 

Daria uma economia maravilhosa para o ‘bolso’ dos pagadores de impostos, porque o auxílio partidário baixaria seu valor. Afinal de contas, um projeto que vem sendo montado desde a volta à democracia está pronto. Ninguém corre perigo. As instituições estão aparelhadas e vamos tratar de economizar com campanhas eleitorais. Ninguém pode falar que não foi um projeto ‘de permanência no governo’ bem elaborado. Tenho abordado o tema a um bom tempo ou logo após Fernando Henrique aprovar a reeleição. É complexo? Sim. Mas está desenhado. Concordam ou não?        


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