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Agora tá chegando na guerra de pesquisas

Vamos iniciar a coluna de hoje, terça-feira, 17 de junho, mostrando aquilo que sempre procuro mostrar: a batalha das pesquisas de intenção de votos. Só no mês de junho, já tivemos umas sete pesquisas. Cada uma, para não haver confronto direto, foca em um ponto importante. E aí a gente vai notando o tabuleiro eleitoral.  

Uma delas mostrou que a popularidade de determinado candidato está caindo. Outra mostra que a dificuldade do governo em passar seus projetos no Congresso está diretamente ligada à não liberação dos recursos de emendas parlamentares. Outra diz que a demora em liberar totalmente o dinheiro dos aposentados e pensionistas está enfraquecendo o próprio governo. E a Câmara, através de seu presidente, acatou na CCJ a votação em plenário da condenação da deputada que tem identidade também italiana.  

Isso foi o que aconteceu na semana que terminou. E, para complicar ainda mais o cenário político, no sábado, 14, saiu uma pesquisa sobre candidaturas com nomes já conhecidos. Essa vou "colar" parte dela para análise dos leitores. Publicação do Correio Braziliense de sábado, dia 14. Leia e analise: 

Datafolha — Lula lidera cenários, mas perde para Bolsonaro no 2º turno.  

Foi a primeira gargalhada que dei durante a leitura. Por quê?, perguntarão os leitores. Respondo com uma pergunta e outra observação: 

Mas o Bolsonaro não está inelegível? Está. Qual a razão de os institutos colocarem seu nome na pesquisa de opinião feita entre os dias 10 e 11 de junho com 2.004 eleitores em 136 cidades?  

É exatamente aí que quero chegar. O Datafolha aponta possíveis cenários para as eleições de 2026. Só tem algumas possíveis interpretações. Seus seguidores acreditam que Bolsonaro será salvo pelo Legislativo — assim como a deputada cassada vai a julgamento com o jogo em seu campo: o Congresso. 

A outra: estão dando respaldo a outros possíveis candidatos, que já estão se "oferecendo" para ser o candidato no lugar de Bolsonaro, caso persista a condenação.  

Vou deixar por aqui para não ser muito extenso. Enquanto a "briga" dos institutos continua até as eleições, as empresas pesquisadoras vão faturando — o que não é proibido.  

Vamos aos números da atual pesquisa: 

Em última pesquisa do Datafolha, divulgada hoje (14/6), o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) lidera diferentes cenários de intenção de voto no primeiro turno eleitoral de 2026. A pesquisa de opinião foi feita entre os dias 10 e 11 de junho com 2.004 eleitores em 136 cidades.  

Lula aparece à frente de Jair Bolsonaro (PL-RJ), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Michelle Bolsonaro (PL-RJ), Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) no primeiro turno do pleito. Além disso, Lula venceria Tarcísio em um eventual segundo turno.  

No primeiro cenário, Lula aparece com 36% contra 35% de Bolsonaro. Já em cenário de primeiro turno com Fernando Haddad e Jair Bolsonaro, o ministro da Fazenda aparece em segundo lugar com 23%, e o ex-presidente, com 37%. Em outro contexto, Lula aparece com 37% contra 21% de intenção de votos para o governador de São Paulo, Tarcísio. Em uma disputa com Michelle Bolsonaro, Lula aparece com 37% contra 26% da líder do PL Mulher. Em uma possível disputa com Flávio Bolsonaro, Lula emplaca 38% contra 20% do senador do PL pelo Rio de Janeiro. Em um cenário contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-RJ), a intenção de votos para Lula é de 37%, e 20% para o parlamentar, que está atualmente em licença nos Estados Unidos.  

Em um possível segundo turno, no entanto, Jair Bolsonaro (45%) vence Lula (44%). Já em uma disputa com o governador de São Paulo, 43% votariam em Lula e 42% em Tarcísio. Contra Michelle Bolsonaro, no segundo turno, o atual presidente marca 46% a 42%. Em um cenário com o senador Flávio Bolsonaro (38%), Lula registra 47% e venceria também o deputado Eduardo. No último caso, Lula registraria 46% e o parlamentar licenciado, 38%. Haddad (40%) perde para Jair Bolsonaro (45%) também em um possível segundo turno.  

Se engane com seus olhos. Aí está a "sopinha de números". Normal pelos resultados das últimas eleições. Tá? Agora podem crer: tem muita água para correr por debaixo da ponte.  

Os próprios institutos sabem que o percentual de eleitores auscultados é digno de uma pesquisa escolar. Duzentos e cinquenta milhões de habitantes, e a pesquisa atinge dois mil e poucos? Tão brincando! Concordam ou não? 


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