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A batalha eleitoral está em diversas frentes

É claro que isso já era esperado. A polarização eleitoral já vem há bom tempo acontecendo. Por que e qual a causa? É uma boa pergunta. Eu respondo colocando a culpa no processo de reeleição. Ao qual me manifestei desde o início do projeto levado ao Congresso no primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso. Mas, durante o aprimoramento do sistema, a técnica foi evoluindo e chegou aonde está hoje. É uma autêntica “guerra de foice no escuro”. Para diminuir com essa “batalha campal”, somente a extinção da reeleição. Felizmente, a primeira parte do processo está no Congresso, mas termina, se for aprovado, em 2034. Por enquanto, é um debate com “boas intenções”. Como bem-intencionado o inferno está cheio, o melhor é dar tempo ao tempo. Pelo menos, lá adiante, quando for colocado em votação no Legislativo, já teremos outra Câmara e Senado. É aqui que reside minha desconfiança. Depende do eleitor. Mas quem vai querer começar a campanha incentivando o eleitorado a não repetir voto? Todas estas questões me vieram à mente lendo uma matéria no domingo de manhã no Correio Braziliense (CB). Outro pedido de providências jurídicas contra Bolsonaro foi feito pelo líder do PT à Procuradoria-Geral da República.
Leia: Líder do PT vai à PGR contra Bolsonaro por obstrução de Justiça; “Lindbergh Farias (PT-RJ) alega que o ex-presidente tentou influenciar o depoimento do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) ao Supremo.” Para o deputado, a prisão de Bolsonaro é importante para evitar que o ex-presidente atrapalhe as investigações sobre a tentativa de golpe. Agora leia a justificativa apresentada:
O motivo foi uma ligação feita pelo ex-presidente ao senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) em 22 de maio, na véspera de um depoimento do congressista ao Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito que apura a tentativa de golpe que resultou no 8 de janeiro de 2023. A ligação foi noticiada pela imprensa e confirmada pelo próprio senador. “A relação entre os envolvidos (...) revela, no mínimo, a tentativa deliberada de tentar influenciar a versão dos fatos que seria levada ao conhecimento do Supremo Tribunal Federal”, escreveu Lindbergh no documento enviado à PGR.
“O telefonema configura, em tese, obstrução à Justiça, pois insere-se na tentativa de embaraçar a investigação de infração penal que envolve organização criminosa”, continuou o líder do PT.
Lindbergh argumentou, também, que o “histórico” de Bolsonaro na investigação em curso motivaria a “adoção de providências imediatas para elucidar a gravidade da conduta” e a imposição de medidas cautelares para evitar que o ex-presidente atrapalhe as investigações.
Voltei. As inúmeras reclamações via imprensa, redes sociais e a Justiça demonstram uma coisa clara para mim: nem a situação está convicta de que Bolsonaro está “inelegível”. São tantas as dúvidas que as pernas dos adversários políticos estão tremendo. Outra coisa que me dá coceira na orelha são os comentários, os mais variados, da imprensa nacional, cada uma com suas interpretações. Acredito que a maioria pensa no processo que levou Lula para a cadeia: pois foi suspenso pelo relator do STF (Fachin), por irregularidade nas investigações. Então, o seguro morreu de velho. Muitas outras reclamações acontecerão ainda no âmbito judicial. É ter paciência e esperar para ver. Concordam ou não?
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