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Bolsonaro réu/Começou a análise dos advogados

Quem são os advogados que defendem Bolsonaro e aliados no STF? Confira a relação publicada na coluna Data Venia, na edição de 27 de março do caderno Direito & Justiça. 

Lembro aos leitores que tudo isso já passou em nosso cinema quando o processo de Lula, lá atrás, andava a galope. Pois bem, o que começa a acontecer se assemelha a um clássico de futebol. Primeiro, analiso os jogadores individualmente para saber quem tem os melhores plantéis. Depois, dão uma analisada no juiz escalado e, agora, também nos componentes do VAR.  

Voltando ao que interessa no momento, o julgamento de Bolsonaro, ninguém se preocupa mais com a equipe de arbitragem, que já está formada, e essa, penso, ninguém muda. Os advogados responsáveis pela defesa de Bolsonaro e aliados no processo da trama golpista são uma equipe, segundo o analista que escreve, de primeiríssima classe, acostumada a grandes debates jurídicos. Vou só colar os nomes e alguns detalhes.  

Alguém já disse: "Advogado criminalista não vê cara, só a causa. Não tem partido, só milita no interesse do cliente." O maior exemplo disso é o elenco de advogados que atuam no processo da chamada trama golpista no Supremo Tribunal Federal.  

Matéria publicada no Correio Braziliense (CB). Enquanto o país se divide em polos, muitos dos defensores atuam sem se preocupar com ideologias. Advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, o criminalista Celso Vilardi atuou no processo do Mensalão, representando o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares. O vice na chapa de Bolsonaro, general Braga Netto, está nas mãos de José Luis Mendes de Oliveira Lima, advogado e amigo do petista José Dirceu.  

Veja quem são os advogados dos oito réus do processo sobre a tentativa de golpe no país:  

Celso Sanches Vilardi 

Experiente em grandes causas, o criminalista Celso Sanches Vilardi, mestre em direito processual penal e bacharel em direito pela PUC/SP, foi advogado das Lojas Americanas e do Conselho de Administração da empresa no caso da fraude contábil. Ele assumiu a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro em janeiro, tendo no currículo atuações nas defesas de investigados em operações como Lava-Jato, Castelo de Areia e Paralelo 23. Também defendeu o empresário Eike Batista e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares no processo do Mensalão.  

Vilardi teve também entre os clientes Rafael Palladino, ex-diretor do Banco Panamericano; Maria Glória Bairão dos Santos, mulher do ex-juiz Nicolau dos Santos Neto; e Celso Pitta, ex-prefeito de São Paulo, investigado pela CPI do Banestado. Foi grande amigo e sócio em causas de Márcio Thomaz Bastos, ministro da Justiça do governo Lula, e é um dos organizadores do livro que conta a trajetória do criminalista.  

Andrew Fernandes Farias 

Especialista em direito penal militar, o advogado Andrew Fernandes Farias assumiu a causa do ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira. Ele atuou numa das causas mais difíceis do DF: o júri de 10 policiais denunciados por três homicídios e lesão corporal grave. As mortes ocorreram em ação de desocupação em 1998. O episódio ficou conhecido como "Massacre da Estrutural".  

Foi presidente da Comissão de Direito Militar da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Distrito Federal, em 2021, e presidente da Comissão Nacional de Direito Militar e Defesa Nacional da Associação Brasileira de Advogados. Também foi professor da Academia de Polícia Militar do DF.  

Cezar Roberto Bittencourt 

O criminalista Cezar Bittencourt está acostumado com casos rumorosos. Responsável pela defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, cuja delação premiada turbinou as investigações sobre o ex-presidente, Bittencourt atuou em processos como o do Caso Banestado.  

Foi um dos primeiros a trombar com Sergio Moro e pediu o afastamento do então juiz. Na Operação Caixa de Pandora, assumiu a defesa do ex-procurador-geral de Justiça do DF Leonardo Bandarra. Como o cliente, Bittencourt começou a carreira no Ministério Público, onde atuou até 1996. De lá, tornou-se criminalista e autor de obras de sucesso no direito penal.  

Matheus Mayer Milanez 

Representante do general Augusto Heleno, o criminalista Matheus Mayer Milanez é presidente da Comissão de Direito Militar da OAB-DF. Professor e mestrando em direito na UnB, é coordenador-adjunto do IBCCRIM/DF.  

Eumar Roberto Novacki 

Eumar Novacki, advogado do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres, é coronel da reserva da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso. Durante o governo de Michel Temer, foi secretário-executivo e ministro interino do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, quando o titular era Blairo Maggi.  

Ele deixou o cargo e assumiu, por seis meses, como secretário-chefe da Casa Civil no DF, no primeiro mandato de Ibaneis Rocha. Hoje, mantém escritório em sociedade com o advogado Ricardo Peres.  

Demóstenes Torres 

Demóstenes Torres, advogado do almirante e ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, foi secretário de Segurança de Goiás, promotor de Justiça e senador, tido como defensor da ética na política até ser cassado em 2012 por suposto envolvimento com o empresário do ramo de apostas Carlos Cachoeira, em meio à repercussão da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.  

A investigação foi anulada pelo STF, e ele abriu um escritório de advocacia.  

Paulo Renato Garcia Cintra Pinto 

Advogado do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), Paulo Renato Garcia Cintra Pinto foi advogado na fusão entre PTB e Patriota. Especialista em direito eleitoral, atuou na assessoria jurídica eleitoral do Ministério Público Federal.  

José Luis Oliveira Lima 

Conhecido como Juca, o advogado José Luis Oliveira Lima, hoje representante do general Braga Netto, defendeu um dos petistas mais ilustres, o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, no processo do Mensalão. Os dois criaram laços de amizade.  

Também atuou na Lava-Jato como advogado do presidente da OAS, Léo Pinheiro.  

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