Parecer do Ministério Público Eleitoral, assinado pelo procurador regional eleitoral, José Omar Pumes, pede a cassação dos diplomas do prefeito Divaldo Lara e do vice-prefeito Mário Mena Kalil. Além disso, pede a inegibilidade do prefeito por oito anos, a contar da eleição de 2020, a condenação do empresário Luciano Hang e a realização de nova eleição em Bagé. O argumento é de abuso de poder político e econômico durante a campanha eleitoral de 2020, ocasião em que Hang esteve em Bagé.

Hang é acusado de abuso de poder político e econômico por ter associado, em viagem a Bagé, no dia 11 de novembro de 2020, a reeleição de Divaldo à instalação de uma filial de suas lojas em Bagé. Divaldo e Mário Mena teriam sido beneficiados pelo abuso de poder econômico. O recurso foi interposto pela coligação Unidos Por Bagé (PT, Rede, PSB e PCdoB), contra sentença (ID 45131985) proferida pelo Juízo da 7ª Zona Eleitoral de Bagé, que julgou improcedente Ação de Investigação Judicial Eleitoral ajuizada em face da coligação Bagé, Orgulho do Brasil (Republicanos PP,PTB,Cidadania/DEM/PV/PSDB/PL/MDB), Divaldo Lara, Mário Mena Kalil e Luciano Hang, em razão de alegados abusos de poder econômico e político.

O que diz a defesa
O advogado de defesa do prefeito, Guilherme Barcelos, disse ao Folha do Sul que o parecer do Ministério Público Eleitoral é uma peça meramente opinativa, sem qualquer caráter decisório. “Temos uma sentença favorável da 7ª Zona Eleitoral de Bagé. O parecer do Ministério Público em Bagé, aliás, foi pela improcedência”, mencionou. “E quanto ao mais, falaremos nos autos e perante a Tribuna da Corte, quando assim for o momento. Até mesmo para trazer algumas luzes ao caso, especialmente acerca de pontos que estão sendo divulgados com certa imprecisão”, afirmou o advogado.