Duas frentes
Bagé concorre a até 900 novas moradias em programas federais

Gabriel Marques - Prefeitura destinou uma área de 22 hectares no Parque do Gaúcho
O município de Bagé busca pela construção de novas unidades habitacionais por meio de dois programas federais do Ministério das Cidades, conforme confirmou a secretária de Gestão, Planejamento e Captação de Recursos, Júlia Reschke. Os projetos em andamento envolvem o Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) e o Fundo de Desenvolvimento Social (FDS – Entidades), ambos voltados para atender à demanda por moradias na cidade.
Pelo FAR, Bagé pode ser contemplado com até 400 unidades habitacionais. O programa permite que empresas interessadas se habilitem junto ao Ministério das Cidades, apresentando terrenos com infraestrutura adequada e com anuência do município. A portaria referente a essa modalidade permanece aberta até o próximo ano.
A segunda frente é o FDS Entidades, destinada a cooperativas de habitação sem fins lucrativos. Para viabilizar o projeto, a Prefeitura destinou uma área de 22 hectares no Parque do Gaúcho, e a Câmara de Vereadores analisa nesta semana o projeto de lei que autoriza a doação do terreno para a construção das moradias. O programa avalia as entidades interessadas com base em histórico de atuação e capacidade técnica.
Com a soma das duas iniciativas, Bagé poderá concorrer a até 900 unidades habitacionais. A secretária destacou que ainda não há previsão para inscrições de famílias, pois essa etapa só ocorre após a confirmação dos empreendimentos e o início das obras. O município, porém, se prepara para garantir novas moradias à população.
Residencial Alegria
O cancelamento do projeto Residencial Alegria, que enfrentou entraves técnicos e ambientais, fez com que a Prefeitura concentrasse esforços nessas novas alternativas federais. Segundo Júlia Reschke, parte do empreendimento estava em Área de Preservação Permanente e os estudos exigidos não foram realizados pela gestão anterior, tornando inviável a continuidade da obra. “Quando buscamos retomar o diálogo com a construtora, ela informou que não teria mais interesse em seguir com a obra, porque os valores previstos já estavam defasados e o investimento se tornava inviável”, explicou Júlia. Com as iniciativas do FAR e do FDS Entidades, Bagé busca retomar investimentos em habitação popular.
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