BAGÉ WEATHER

Câmara

Anteprojeto quer converter vale transporte em pecúnia aos servidores do TFD

Priscila Petrecheli - São cerca de 50 servidores que fazem o atendimento

O vereador Ronaldo Hoesel (PL) protocolou nessa terça-feira, dia 5, um anteprojeto de lei que autoriza a conversão do vale transporte em pecúnia aos servidores públicos municipais do Tratamento Fora do Domicílio (TFD) da Secretaria Municipal de Saúde. O auxílio-transporte em pecúnia será para os motoristas e técnicos em enfermagem. 

O benefício é destinado ao custeio parcial das despesas efetivas realizadas pelos servidores municipais no deslocamento residência-trabalho, através do sistema de transporte coletivo público urbano. O anteprojeto afirma que, por conta dos horários específicos, não se atende as necessidades de deslocamento dos servidores que utilizam esse serviço. O texto ainda afirma que é vedada a concessão cumulativa com o vale-transporte. 

Quanto ao valor mensal, este deve ser apurado a partir do valor diário total da despesa realizada com transporte coletivo, multiplicando pelos dias efetivamente trabalhados e ainda deve observar o desconto de 6% do vencimento base do cargo público ocupado pelo servidor. O auxílio-transporte será concedido na forma de adiantamento em folha de pagamento, de valor equivalente às passagens do transporte coletivo urbano, até o limite de quatro passagens por dia trabalhado. 

Histórico 

Na sessão de segunda-feira, dia 04, foi vetado um projeto de lei, também de autoria de Hoesel, com a mesma proposta.  

Ao Folha do Sul, Hoesel diz que, enquanto foi secretário de Saúde, ouviu diversos servidores, em especial motoristas, que saiam de madrugada e não havia transporte coletivo nesse horário.  

“Eles, para se deslocarem até o trabalho, para pegarem as pessoas e se deslocar para as cidades com os pacientes, precisam sair com o carro deles muitas vezes ou um Uber. Nesse horário não tem transporte coletivo e eles acabam tirando do próprio bolso para atender as necessidades da Prefeitura”, detalha. 

Para o edil, a Prefeitura tem como obrigação como qualquer empregador pagar o vale-transporte. Porém, a forma que está sendo feita – de ser dado o cartão para uso no transporte coletivo – não é eficaz pois os servidores precisam acabar vendendo pois é descontado o valor do salário e muitas vezes acabam pagando do próprio bolso. 

Hoesel fala que tentou negociar o PL que apresentou anteriormente e, no seu entendimento, muitos vereadores que apoiam o governo não tem interesse em retribuir o esforço dos servidores que arriscam a própria vida nas estradas para atender às necessidades da Prefeitura.  

Vale lembrar que o PL do vereador foi aprovado por unanimidade em duas comissões além de ter sido aprovado por unanimidade em Plenário. O PL foi vetado pelo prefeito por vício de origem e inconstitucionalidade e o veto foi confirmado na Câmara na sessão de segunda. 

“Eu insisti hoje, entrei com um anteprojeto de lei, que é como se fosse um requerimento, solicitando, pedindo, implorando ao governo municipal que, se é inconstitucional o vereador fazer, que ele o faça e envie à Câmara um projeto de lei para atender essas necessidades”, argumenta. 


Eduardo Leite se manifesta sobre prisão domiciliar de Bolsonaro Anterior

Eduardo Leite se manifesta sobre prisão domiciliar de Bolsonaro

Executivo quer implementar banco de ração e medicações para animais Próximo

Executivo quer implementar banco de ração e medicações para animais

Deixe seu comentário