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Prefeitura detalha dificuldades para ativar raio-x da UPA

Tamile Padilha - Dia 30 completa três anos da liberação do recurso para compra do aparelho

A Prefeitura de Bagé esclareceu a situação do aparelho de raio-x da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), que, apesar de entregue em fevereiro de 2025, ainda não está em operação. A entrega do equipamento, no valor de R$ 300 mil, foi possível graças a uma emenda parlamentar do deputado federal Onyx Lorenzoni, liberada em junho de 2022. No entanto, segundo a gestão atual, a instalação foi prejudicada por problemas estruturais e técnicos que não haviam sido previstos ou solucionados pela administração anterior.  

Embora o recurso tenha sido liberado há quase três anos, nenhuma providência efetiva foi tomada durante esse período para garantir o funcionamento do aparelho, conforme garantiu o Executivo. O contrato para aquisição foi assinado apenas em outubro de 2024, e com a chegada do equipamento no início deste ano, a equipe da UPA precisou promover uma série de reformas para adequar a estrutura física da unidade.   

A sala destinada ao raio-x era pequena e inadequada, segundo esclareceu o município, e a rede elétrica da UPA não atendia às exigências do novo aparelho. Ainda de acordo com a Comunicação do Executivo, para corrigir isso, foram realizadas reformas estruturais, como a abertura de uma nova porta, e uma completa intervenção elétrica, que dependia de agendamento com a concessionária Equatorial.  

Após a conclusão das adequações e dos testes, o equipamento chegou a ser instalado, mencionou, mas a equipe técnica da fabricante identificou um defeito no braço do raio-x, problema esse que já vinha de fábrica. A informação é que a fabricante providenciou a substituição da peça, mas o cronograma sofreu novo atraso.   

Simone Aparecida, coordenadora técnica da UPA, destacou que o processo é complexo e envolve laudos e procedimentos regulatórios: Em síntese, esse equipamento precisa de laudo, inclusive para retirada do antigo. Ou seja, não é possível simplesmente substituir um por outro sem seguir todas as normas.  

O coordenador administrativo da UPA, Arno Bona, criticou a falta de planejamento da gestão anterior: "Não basta comprar um raio-x e entregar na unidade. A gestão anterior deveria ter previsto todas as exigências técnicas: adequação da estrutura física, rede elétrica compatível e laudos obrigatórios. A sala necessitava de ajustes estruturais, a rede era inadequada e sequer foi feito o laudo de desativação do aparelho antigo. Isso mostra que não houve planejamento. Estamos falando de um equipamento que emite radiação. Não se pode improvisar com isso.”  

Conforme a Prefeitura, o atendimento aos pacientes não foi interrompido. A informação é que a UPA montou uma estrutura provisória para garantir os exames de raio-x no Posto de Atendimento Ambulatorial (PAM). Apenas neste mês de junho, entre as 17h e 24h, o número de atendimentos chegou perto de 300. E, para facilitar o acesso, um veículo da Secretaria de Saúde permanece disponível 24 horas na emergência da UPA para transportar os pacientes até o PAM e levá-los de volta.  

"A Prefeitura reforça que o processo de instalação do novo equipamento segue rigorosamente as exigências legais e sanitárias para garantir a segurança e a qualidade do atendimento à população", enfatizou o texto divulgado. 

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