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Patrimônio
"Consultório do Analista de Bagé" sairá da Praça da Estação
Niela Bittencourt/FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Situação dos personagens é deplorável pela ação de vândalos
O Analista de Bagé, de Luís Fernando Veríssimo, foi impresso pela primeira vez em 1981 e mostra, com muito humor e ironia, um pouco sobre o homem dos Pampas e a cultura regional do brasileiro do Sul. A obra é uma coletânea de crônicas, mas a maioria das histórias é protagonizada pelo Analista de Bagé, um psicanalista irreverente, que criou uma terapia revolucionária e inovadora: a terapia do joelhaço. Seu divã e sua sala de atendimento, assim como sua relação com a secretária, são abordados constantemente no livro.
O psicanalista fica tão famoso e requisitado que resolve criar um método de triagem, aceitando apenas casos graves ou difíceis. Sempre oferece chimarrão a seus pacientes e os convida a se deitarem em seu pelego (tapete gaúcho, feito de pele de carneiro ou ovelha, usado em arreios), que substitui o divã tradicional. A obra, que levou o nome de Bagé para todo o país, ganhou, na Rainha da Fronteira, um conjunto de estátuas com os personagens do livro. O "consultório" fica no interior da Praça da Estação. Por ações dos vândalos - e também das intempéries -, a estátua está toda danificada. Mesmo assim, ainda é cenário de registros fotográficos pelos turistas que visitam a Rainha da Fronteira.
Para o Folha do Sul, o secretário de cultura do município, Tiago Cesarino, revelou que existe uma ideia de trocar a estátua do Analista de Bagé de local, porque o vandalismo acontece seguidamente. Cesarino ainda explicou que a secretaria fez uma reunião com o comando da Guarda Municipal, onde foi tratado sobre o patrimônio das praças da cidade. Ele mencionou que, nessa ocasião, foi repassado que os agentes não têm condições de supervisionar 24 horas por dia esses espaços.
Assim, retomou o secretário, existe a possibilidade de realocar o conjunto de estátuas, o "consultório do Analista de Bagé", e colocá-lo na Biblioteca Pública Otavio Santos. Porque, ali, será preservado e, posteriormente, restaurado. "Nós já conversamos com o Senac, que foi quem adquiriu a obra junto ao artista plástico Sérgio Coirolo, que fez a obra", mencionou.
Segundo Cesarino, tanto o Senac como o próprio Coirolo já concordaram em levar o "consultório do Analista de Bagé" para a Biblioteca Pública. "Estamos alinhando as pontas. Ou seja, no processo burocrático: iremos apresentar a proposta de mudança da praça para a Biblioteca. Queremos fazer essa troca o mais rápido possível para evitar mais depredação", garantiu Cesarino, que lamentou o fato do conjunto de estátuas ser alvo de vandalismo.
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