​O governo do Rio Grande do Sul lançou a Agenda da Educação 2025-2035, um conjunto de ações estratégicas voltadas para a melhoria da qualidade do ensino na próxima década. O projeto foi elaborado com a participação de especialistas, servidores e representantes da sociedade civil. O objetivo é garantir uma educação pública de excelência e acessível a todos. 

A Agenda foi estruturada a partir de oito eixos centrais, incluindo a melhoria da aprendizagem, a redução das desigualdades educacionais, a valorização dos profissionais da educação e o uso da tecnologia para modernizar o ensino. Além disso, foram definidas quatro questões norteadoras para orientar as ações e garantir um sistema educacional mais eficiente e inclusivo.  

Durante o evento de lançamento, o governador Eduardo Leite destacou a importância de um planejamento de longo prazo e da mobilização de recursos para viabilizar as mudanças necessárias. Ele enfatizou que a modernização da gestão escolar e a desburocratização de processos são essenciais para a implementação das políticas educacionais.  

Desafios e prioridades 

Um dos principais desafios identificados pelo plano é a evasão escolar. Para combatê-la, o governo reforçou programas como o "Todo Jovem na Escola", que oferece auxílio financeiro aos estudantes em situação de vulnerabilidade social. Desde sua criação, o programa já beneficiou mais de 235 mil alunos e apresentou resultados positivos na permanência estudantil.  

Outro destaque da Agenda é o programa "Professor do Amanhã", que incentiva a formação de novos docentes por meio de bolsas de estudo para cursos de licenciatura. Em contrapartida, os graduados devem atuar na rede estadual, ajudando a reduzir a carência de profissionais qualificados na educação pública gaúcha.  

A infraestrutura escolar também foi priorizada na Agenda, com investimentos na modernização e manutenção das unidades de ensino. A Secretaria de Obras Públicas implementou a Contratação Simplificada para agilizar reformas e melhorar a segurança e o conforto nas escolas estaduais.  

Entre as iniciativas de infraestrutura, foi apresentado o Projeto Escola+, que busca padronizar e modernizar as escolas do Estado. A primeira unidade construída nesse modelo será a Escola Breno Garcia, em Gravataí, que contará com estrutura sustentável e acessível para melhor atender aos alunos e professores.  

Em andamento 

A secretária da Educação, Raquel Teixeira, destacou que muitas das ações da Agenda já estão em andamento e que o foco agora é consolidá-las como políticas públicas permanentes. Segundo ela, a educação deve ser prioridade para garantir um futuro melhor para os estudantes e para o desenvolvimento do Estado.  

O vice-governador Gabriel Souza reforçou que a principal meta do governo é o bem-estar dos alunos, garantindo que eles concluam seus estudos e tenham melhores oportunidades no mercado de trabalho. Para isso, novas modalidades de auxílio estudantil foram incorporadas ao programa "Todo Jovem na Escola".  

Oito eixos centrais  

Esses eixos servem como guia para alinhar planejamento e execução das ações educacionais:  

1 – Alavancar a qualidade da aprendizagem; 

2 – Reduzir as desigualdades educacionais; 

3 – Garantir o acesso e a conclusão da educação na idade certa; 

4 – Ampliar a inserção qualificada dos jovens na economia; 

5 – Formar uma rede de escolas atrativas, seguras e resilientes; 

6 – Ter profissionais qualificados, valorizados e engajados; 

7 – Fortalecer a gestão escolar e a governança da rede; 

8 – Transformar os processos educacionais por meio da tecnologia e inteligência artificial.  

Quatro questões norteadoras 

Para estruturar as diretrizes, foram definidas quatro questões norteadoras:  

Como acelerar a melhoria educacional sem deixar ninguém para trás; 

Como transformar a oferta educacional para desenvolver competências socioemocionais nos jovens; 

Como tornar as escolas resilientes frente às crises climáticas; 

Como construir uma rede de ensino coesa e eficiente.  

Como e por quê? 

A formulação da Agenda foi embasada em dados estatísticos que evidenciaram desafios estruturais, como os altos índices de evasão escolar e o grande número de professores em regime temporário. Além disso, o plano reconhece a necessidade de fortalecer a infraestrutura das escolas e priorizar o bem-estar da comunidade escolar diante dos impactos das mudanças climáticas.