Profissional destaca aplicações de capim-annoni em nanotecnologia
Pesquisa
Profissional destaca aplicações de capim-annoni em nanotecnologia
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Marcel Oliveira imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Estão envolvidos professores e pesquisadora de três instituições
O capim-annoni, uma gramínea amplamente presente nos campos sulinos, tem se mostrado uma fonte renovável e não tóxica de biomassa. No entanto, seu potencial como matéria-prima para produtos de alto valor agregado ainda é pouco explorado, o que motiva pesquisas para ampliar suas aplicações industriais e tecnológicas.
Uma colaboração científica entre pesquisadores da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), da Embrapa Pecuária Sul e da Fundação Universidade de Rio Grande resultou no desenvolvimento de um método para produzir nanopartículas metálicas de prata (Ag) a partir do extrato foliar do capim-annoni. O estudo, coordenado pelo professor Flávio André Pavan, será publicado na edição de 2025 do Annals of the Brazilian Academy of Sciences.
O processo de produção dessas nanopartículas segue princípios de economia circular e sustentabilidade. A informação é que os resultados demonstraram que as nanopartículas obtidas possuem um alto potencial na descoloração de águas contaminadas, destacando o capim-annoni como uma alternativa viável para aplicações em nanociência. Segundo Pavan, essa gramínea contém compostos químicos de interesse econômico que podem ser aproveitados em diversas áreas.
“Vemos um potencial amplo de possibilidade de usos do capim-annoni como fonte renovável de biomassa em nanociência", reiterou. Atualmente, os pesquisadores expandem suas investigações para desenvolver novos nanomateriais a partir do capim-annoni. Entre as aplicações estudadas, estão o uso de nanopartículas de selênio (Se) em microbiologia, na produção de nanofertilizantes e em tecnologias para tratamento de efluentes líquidos. Essas nanopartículas possuem formas e tamanhos específicos para atender diferentes finalidades.
Além disso, o potencial antimicrobiano e anti-inflamatório das nanopartículas abre novas possibilidades nos campos terapêutico e biotecnológico. Segundo a divulgação, pesquisas também indicam que nanopartículas metálicas extraídas do capim-annoni podem ser utilizadas na detecção de agroquímicos em produtos cárneos e lácteos, apresentando resultados promissores e reforçando a importância dessa gramínea na inovação científica.
Em detalhes
A colaboração científica é entre o professor Flávio André Pavan, do Programa de Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais da Universidade Federal do Pampa, campus Bagé, a pesquisadora Ana Cristina Mazzocato, da Embrapa Pecuária Sul, e o professor Marcos Gelesky do Instituto de Química da Fundação Universidade de Rio Grande.
Entenda
Os profissionais desenvolveram um método para produzir nanopartículas metálicas de prata (Ag) a partir do extrato foliar do capim-annoni. Trata-se de um processo de produção de nanopartículas balizado em economia circular e sustentabilidade. Conforme enfatizou a divulgação, essas nanopartículas demonstraram excelente potencial na descoloração de águas contaminadas.
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