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PIB do RS atinge maior nível da série histórica

Cleiton Ramão - Alta foi impulsionada pela agropecuária; comércio varejista tem desaceleração
O Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul registrou alta de 1,3% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao trimestre anterior e de 1,8% na comparação anual, alcançando o maior nível da série histórica trimestral iniciada em 2002. O crescimento foi puxado, principalmente, pela agropecuária, que teve expansão de 27,3%. Os dados constam na edição de julho do Boletim de Conjuntura, elaborado pelo Departamento de Economia e Estatística da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão do Estado.
Apesar dos bons números no início do ano, o boletim alerta para uma reversão da tendência positiva entre março e maio, com queda na indústria de transformação, no comércio varejista ampliado e nos serviços. Esses setores vinham em recuperação após os eventos climáticos extremos registrados em 2024. A desaceleração, segundo os técnicos, exige atenção na análise do desempenho econômico futuro.
Outro destaque do documento é o aumento da arrecadação do ICMS no primeiro semestre de 2025, com crescimento real de 9,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse avanço foi mais expressivo entre abril e junho, quando a arrecadação subiu 19,7%, impulsionada pelo Refaz Reconstrução, que gerou R$ 1,44 bilhão. As exportações também cresceram 2,3% no semestre, com destaque para os produtos industriais, que compensaram a queda nas vendas de soja.
No mercado de trabalho, os indicadores permanecem positivos. A taxa de desocupação no Estado ficou em 5,3%, a menor para um primeiro trimestre desde 2012. O número de pessoas ocupadas atingiu 6,029 milhões, e a massa de rendimentos teve alta de 9,1%. Esses dados indicam manutenção da trajetória de recuperação do emprego e da renda no Rio Grande do Sul.
O boletim também aborda o cenário nacional e internacional. Enquanto a economia brasileira cresceu 1,4% no primeiro trimestre e a inflação acumulada atingiu 5,35%, países como Estados Unidos, China e Argentina apresentaram sinais de desaceleração. O relatório ainda destaca incertezas futuras, como a possível aplicação de tarifas dos EUA sobre produtos brasileiros e os impactos da estiagem na produção agrícola. Apesar disso, há sinais de otimismo, como o aumento na produção de máquinas agrícolas e a expectativa de crescimento na indústria automotiva.
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