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Fecomércio aponta impacto do tarifaço na economia regional

Reprodução Fecomércio - Bagé não figura entre regiões mais impactadas ao considerar volume de exportações

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no início de julho a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, com vigência a partir de 1º de agosto. A medida deve ter impacto direto na economia do Rio Grande do Sul, que é um Estado com forte vocação exportadora. Em 2024, 9,11% das exportações gaúchas foram destinadas aos EUA, somando R$ 10,13 bilhões (US$ 1,88 bilhão), segundo informações divulgadas pela Fecomércio. Diante disso, o Instituto de Pesquisa Econômica e Fiscal do RS (IFEP-RS) elaborou uma análise dos possíveis reflexos da medida sobre os municípios e regiões do Estado. 

A principal hipótese considerada pelo estudo é que a inviabilização das exportações para os EUA levará à queda de renda nos municípios que produzem os bens afetados, o que, por sua vez, resultará em redução do consumo local de bens e serviços. As estimativas se concentram apenas nos impactos diretos, pois não há dados suficientes para rastrear toda a cadeia produtiva envolvida, como elucidou a divulgação da Fecomércio. Ainda assim, o estudo alerta que os efeitos poderão ser significativos em diversas áreas do Estado. 

Bagé não figura entre as regiões mais impactadas: ao considerar o volume de exportações, a região da Rainha da Fronteira aparece em décimo primeiro lugar e o peso das exportações para a economia local é de apenas 1,16%, segundo os dados divulgados. Aliás, considerando essa informação específica, a região figura em décimo segundo lugar.  

Em termos absolutos, os maiores prejuízos devem se concentrar nas regiões metropolitanas de Porto Alegre, Novo Hamburgo – São Leopoldo, Santa Cruz do Sul e Caxias do Sul, responsáveis por dois terços das exportações gaúchas para os Estados Unidos. Nessas áreas, o volume de renda e consumo pode ser fortemente afetado pela nova política tarifária.  

No entanto, quando se considera o peso das exportações em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) de cada região, a mais impactada será Santa Cruz do Sul, seguida por Montenegro, Novo Hamburgo – São Leopoldo, Bento Gonçalves, Nova Prata – Guaporé e Lajeado. O estudo destaca ainda que, em 21 municípios gaúchos, as exportações representam mais de 5% do PIB local, o que os torna especialmente vulneráveis às novas tarifas.

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