Agora entramos na fase do “procura-se” — sinal de que tentam achar culpados pelo rombo causado ao INSS. Ora bolas, se as instituições, aparelhadas com equipamentos modernos, não conseguiram detectar os “ladrões” (larápios dos tempos antigos), quem estaria apto a saber? Muita gente, ora essa. Basta deixarem entrar nos computadores do Palácio — ali está registrado tudo o que queremos saber: nome, profissão, descendentes. Creio que está no computador até o nome do cachorro que faz a guarda — isso para exagerar. 

É o caso mais fácil de resolver, basta querer. Mas, por enquanto, estão fazendo “voltinha” em suas declarações para colocarem o nome de adversários políticos, com a intenção de dividir os prejuízos políticos e jurídicos. Mas não adianta anunciarem o ano em que começou o desvio de dinheiro das contas dos aposentados. Concordam ou estou exagerando?  

Haddad diz que escândalo do INSS enojou um país inteiro. Você concorda? Eu não. 

Você ficou enojado? Eu não. Fiquei — e estou — com raiva. Porque as instituições não fizeram seu papel: fiscalizar. E isso precisa ser esclarecido com muita precisão, e os envolvidos, punidos. Mas atenção: sem conotação política, e sim seguindo o que diz a Constituição ou até o que diz a Lei comum. Nada de usar a desgraça dos aposentados como bandeira de campanha política. Mas parece que isso já estava acontecendo, e nos últimos dias diminuiu um pouco. 

Vou colar parte da matéria publicada pelo Correio Braziliense:  

Análise: “O ministro Haddad afirmou que a CGU agiu corretamente ao entregar o caso para a Polícia Federal e defendeu uma pena exemplar para os criminosos.” 

E aí vem uma mensagem aos lesados pela roubalheira: 

“É um escândalo mesmo. O que tem de mais sagrado é a pessoa trabalhar a vida inteira e, depois, conseguir a sua aposentadoria.”  

Faltou agregar: “... para depois ser roubado sem ter sequer alguém (instituição) para fiscalizar seus direitos como aposentado.”  

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (12/5) que o escândalo de descontos indevidos em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) “enojou” o país e assumiu que as investigações abalaram o governo.  

“É um escândalo mesmo. O que tem de mais sagrado é a pessoa trabalhar a vida inteira e, depois, conseguir a sua aposentadoria, a sua pensão dignamente. A pessoa focar nesse público para levar vantagem, a partir de um crime, é uma coisa indigna.”  

Já o vice-presidente da República, Alckmin, afirma: “Próximo pagamento já poderá ter ressarcimento.” 

Uma operação da Polícia Federal revelou um esquema de descontos em pensões e aposentadorias por associações de classe e sindicatos, que realizaram o desvio de até R$ 6,3 bilhões. As investigações, iniciadas pela Controladoria-Geral da União (CGU), apontaram que os desvios tiveram início em 2016, mostraram crescimento expressivo em 2019 e explodiram no governo Lula.  

VOLTEI 

Só explodiram no governo Lula? Como assim? E se agora as instituições entraram em campo e detectaram quase imediatamente a roubalheira, por que não tomaram a decisão lá atrás? 

Creio ser uma boa pergunta — e que, com certeza, ninguém responderá.