O mês de junho marca o início do inverno climático no Hemisfério Sul, com características típicas como frio intenso, geadas e até possibilidade de neve. Especialmente no Rio Grande do Sul, o mês costuma ser um dos mais frios e chuvosos do ano.  

Contudo, como destacou a MetSul Meteorologia, comparações entre séries históricas mostram que junho ficou um pouco mais quente nas últimas décadas, com aumento nas temperaturas mínimas e máximas em cidades como a capital Porto Alegre.  

Neutralidade 

O Oceano Pacífico, em junho de 2025, estará em condição de neutralidade, ou seja, sem El Niño ou La Niña. Essa configuração influencia a distribuição de chuvas e temperaturas no Brasil, favorecendo uma atuação mais variada dos sistemas meteorológicos como frentes frias e centros de baixa pressão, especialmente no Sul.  

Abaixo da média 

Apesar de historicamente chuvoso, junho deste ano tende a apresentar precipitações próximas ou abaixo da média na maioria do Rio Grande do Sul, exceto na Metade Norte, onde pode chover mais. Por outro lado, Paraná e Santa Catarina devem ter acumulados acima da média, com influência de sistemas vindos do Paraguai e do Nordeste da Argentina.  

Em relação às temperaturas, os modelos climáticos divergem. A MetSul prevê poucas incursões de ar frio muito intenso, com o mês tendo mais dias amenos ou quentes, principalmente na segunda quinzena. No Sul, os termômetros devem registrar marcas perto ou acima da média histórica, o que resultará em menos noites geladas e tardes mais agradáveis, apesar de o frio ainda predominar à noite.