O couro tá comendo, o bicho tá pegando

Os governantes não se entendem, o negócio tá preto, urubu não vem na terra pra pegar seu rango porque tá com medo de virar galeto. Assim inicio minha coluna de hoje homenageando os grandes compositores e intérpretes brasileiros que têm antecipado muitas confusões políticas muito tempo antes que aconteçam.
No caso, Bezerra da Silva. Mas a causa da lembrança de um samba famoso foi provocada pela publicação no Correio Braziliense da última semana. Leia a manchete: “Oposição quer aproveitar CPMI do INSS para investigar os consignados” – Coluna Brasília/DF, publicada em 18 de maio de 2025, por Denise Rothenburg: “Um segmento dos oposicionistas quer aproveitar a CPMI do INSS para investigar o que está acontecendo com os empréstimos consignados Brasil afora. Embora não seja da mesma forma, em que o aposentado era descontado sem ter conhecimento, chegaram aos senadores relatos de intermediação desses empréstimos junto a aposentados e pensionistas. Isso sem contar o fato de muitos contribuintes do INSS receberem ligações de instituições financeiras oferecendo empréstimos antes de receber a aposentadoria. Tem muita gente no Congresso achando que já passou da hora de dar um basta nisso também.”
No Senado, sem trégua
Os senadores já começaram a definir os integrantes da CPMI do INSS. No Progressistas, liderado pela senadora Tereza Cristina (PP-MS), o nome que está no topo para integrar a comissão como titular é o do senador Esperidião Amin (SC), combativo e estudioso de todos os temas de que se envolve. Não será tão fácil para o governo controlar o colegiado. Cá pra nós, o que tem sido mostrado ao mundo não permite a nenhum político se omitir. Ainda mais a oposição, que tem sofrido um ataque descomunal de muitos membros do governo e até de algum setor da Justiça brasileira. Por isso, aproveitando os holofotes da imprensa, está mesmo na hora de “passar o Brasil a limpo”, plagiando o jornalista Boris Casoy. Segundo a matéria publicada pelo Correio Braziliense, foi baseada em muitas fontes jornalísticas. Quando o eleitor pede, tem que atender, ainda mais em ano pré-eleitoral. Então, que siga o “baile”.
Após o escândalo do INSS, não teve um político que não tenha sido cobrado pelos eleitores. Seja nos restaurantes, seja em eventos, muitos ouviram cobranças por leis mais duras, a fim de ampliar os controles sobre as aposentadorias. Por isso, a prioridade na Câmara na semana que entrou ontem serão os projetos relacionados ao tema. O contribuinte agradece.
Chumbo grosso é fichinha para o que aconteceu na Câmara na última semana, quando o novo presidente do INSS foi responder questionamentos – foi uma cobrança com certo tom de raiva em quem participou. Então agora sim, começa outra campanha eleitoral à base de denúncias. É só ter paciência, certo?
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