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Primeira Turma confirma prisão após violação de tornozeleira

Fabio Rodrigues - STF aponta risco de fuga do ex-presidente

A Primeira Turma do STF decidiu, por unanimidade, manter a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele está detido desde sábado, 22, em uma sala da Polícia Federal em Brasília, após decisão do ministro Alexandre de Moraes. O julgamento, realizado em sessão virtual extraordinária, confirmou integralmente a medida.

A prisão foi decretada depois de Bolsonaro tentar violar a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda. Na audiência de custódia, ele admitiu a tentativa e alegou estar em estado de “paranoia” causado por medicamentos. A convocação de uma vigília por seu filho, senador Flávio Bolsonaro, para o condomínio onde estava em prisão domiciliar, também pesou na decisão, por indicar risco de tumulto, que facilitaria uma fuga.

No voto, Moraes reafirmou que a prisão preventiva busca garantir a aplicação da lei penal. O ministro Flávio Dino, em voto escrito, classificou a convocação da vigília como ameaça à ordem pública e mencionou exemplos recentes de fugas de aliados de Bolsonaro, definindo o cenário como um “ecossistema criminoso”. Cristiano Zanin acompanhou integralmente o relator.

A defesa de Bolsonaro alegou confusão mental e pediu que ele cumprisse a pena em prisão domiciliar humanitária, mas o pedido foi rejeitado. O ex-presidente já havia sido condenado em setembro a 27 anos e três meses de prisão, por liderar uma organização criminosa armada com objetivo de tentar um golpe de Estado após a derrota eleitoral de 2022. Os primeiros recursos da defesa também foram negados.

Vale mencionar que encerrou nessa segunda, 24, o prazo para novos embargos de declaração, recurso limitado a esclarecer pontos da decisão, sem alterar o resultado. Já os embargos infringentes não se aplicam, pois exigem mais de um voto divergente — o que não houve no caso. Em decisões anteriores, Moraes determinou o início do cumprimento da pena logo após a rejeição dos primeiros embargos, considerando demais recursos apenas protelatórios.

Entenda
- O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso preventivamente na manhã do dia 22, em Brasília, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

- A detenção ocorreu um dia após o senador Flávio Bolsonaro convocar uma vigília de orações perto da casa onde o ex-presidente cumpre prisão domiciliar desde agosto.

- A detenção ocorreu na casa de Bolsonaro, por volta das 6h30min, no Jardim Botânico, em Brasília, com viaturas descaracterizadas, sem algemas e sem exposição.

- Bolsonaro foi levado à Superintendência da PF e passou por exame de corpo de delito. Ele permanece em uma sala de estado.

- A medida é preventiva, já que a pena de 27 anos e três meses pela tentativa de golpe de Estado ainda não está em execução.

- Bolsonaro alegou paranoia causada por medicamentos. Ele tentou "abrir" a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda.

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