A morte de uma criança de 5 anos, no feriado, tem gerado uma série de manifestações por parte da comunidade bageense sobre a qualidade dos atendimentos realizados na Unidade de Pronto-Atendimento, a UPA 24 Horas. Tamanha comoção levou a Prefeitura de Bagé a emitir uma nota oficial, onde garante que o caso "está sendo rigorosamente apurado pelas equipes técnicas da Secretaria Municipal de Saúde, em diálogo com os profissionais da Unidade de Pronto-Atendimento, da Santa Casa de Caridade de Bagé e da clínica privada onde a criança também foi atendida".   

Conforme o texto divulgado pelo município, o prontuário aponta que a criança foi atendida na UPA a partir de segunda-feira (17), e em uma clínica particular, de onde foi encaminhada para a emergência e direcionado pelo Samu à UPA, "sendo imediatamente encaminhada à Santa Casa, onde o pediatra plantonista imediatamente decidiu pela internação na CTI". Consta que o quadro evoluiu de forma atípica e grave, levando ao óbito.  

"Ao longo de três dias, a criança foi atendida por diferentes profissionais de saúde, incluindo quatro médicos pediatras, que acompanharam a evolução do caso e adotaram as condutas necessárias diante dos sintomas apresentados em cada momento", garantiu o município. "Por se tratar de menor de idade, e em respeito à família, a Prefeitura não divulgará detalhes clínicos. Reitera-se, contudo, que não houve registro de omissão de atendimento ou demora nas unidades da rede pública municipal, e que todas as condutas médicas estão sendo avaliadas com base em critérios técnicos e responsabilidade profissional", finalizou o texto.  

Segundo apurou a redação do jornal Folha do Sul, não houve registro de ocorrência policial. Contudo, até o fechamento desta edição, a reportagem não conseguiu contato com a família do menino. Vale mencionar que a presidente da Câmara de Vereadores, Andrea Gallina, garantiu que estará atenta para que o Ministério Público atue com brevidade para apurar os fatos. "Reforço a importância da apuração rigorosa", enfatizou.