Mercado
Fecomércio avalia aumento da Selic e alerta para desafios econômicos

Rafa Neddermeyer imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -
O presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, comentou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic para 14,25% ao ano. Segundo ele, o aumento era esperado pelo mercado, mas a sinalização do Comitê de que haverá pelo menos mais um ajuste para cima causou surpresa.
"O que surpreendeu muitos foi a manifestação do Comitê de que haverá, no mínimo, um novo aumento de juros, ainda que em menor medida", afirmou Bohn. Ele destacou que esse anúncio contribui para reduzir incertezas sobre a condução da política monetária pelo Banco Central, cuja autonomia está sendo posta à prova. "O primeiro sinal é aparentemente positivo", acrescentou.
O presidente da Fecomércio-RS ressaltou que a necessidade de manter juros elevados está diretamente ligada à falta de controle das contas públicas. "A taxa de juros não precisaria ser tão alta se houvesse um maior controle das contas públicas, o que levaria a uma trajetória mais sustentável da dívida pública", pontuou.
Bohn alertou ainda que, em 2025, o Brasil deverá enfrentar uma taxa de juros real historicamente elevada, o que pode não ser suficiente para conter a inflação. "Se política fiscal e monetária passam a intensificar a guerra de forças, cedo ou tarde, todos perderemos", concluiu.
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