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Memória

Totonho, o ponteiro dos dois lados

Arquivo pessoal  - Totonho marcou 29 gols em toda sua carreira

Nascido em 5 de janeiro de 1960, na localidade de Torquato Severo, interior de Dom Pedrito, Jesus Antônio Munhós Padilha, o Totonho, foi um jogador à moda antiga: iniciou a sua carreira como ponteiro, jogando pelos dois lados do campo. 

Para o Folha do Sul, Totonho disse que começou no futebol em 1974, na escolinha do Bagé, com o treinador Rubilar Gonçalves. Já em 1977, o treinador Paulo de Souza Lobo, o Galego, o levou para o time principal do Bagé. Ainda no mesmo ano, ele foi treinar no time juvenil do Sport Club Internacional, onde ficou por três meses e voltou para a Rainha da Fronteira, mas aí foi jogar pelo Guarany, time treinado por Gilberto Machado. 

Estreou em um amistoso contra a seleção de Cerro Largo, do Uruguai. O Guarany venceu por 3 x 2, e ele foi o autor de um dos gols. 

Como ainda estava vinculado ao Internacional, em 1978 Totonho retornou para Porto Alegre, mas, após um mês treinando, foi dispensado pelo Colorado e, quando retornou para a Rainha da Fronteira, voltou para o Guarany, onde jogou ao lado de Ubaldino Costa, o Badico, e Didi Pedalada. 

Já em 1980, Totonho voltou a defender as cores amarela e preta: pelo Bagé jogou até 1982, ano em que o jalde-negro subiu para a elite do futebol gaúcho. Em 1983 e 1984, jogou novamente no Guarany. Na época, o time era treinado por Danilo Nigris - o alvirrubro ficou 21 jogos invicto. 

Em 1985, Totonho Padilha retornou para o Bagé, e jogou por seis meses, quando decidiu encerrar a carreira com apenas 25 anos, tendo marcado 17 gols pelo Bagé e 12 pelo Guarany. 

Perguntado sobre qual foi o jogo mais difícil da sua carreira, Totonho disse que foi em 1978, jogando pelo Guarany, em Caxias do Sul, contra o Juventude, onde o alvirrubro venceu. 

Já sobre o jogo mais emocionante, Totonho afirmou que foi em 1982, pelo Bagé, em uma vitória contra o 14 de Julho de Livramento, onde foi eleito o melhor jogador em campo e recebeu elogios que até hoje não esquece, vindos de integrantes da crônica esportiva de Bagé. 

Totonho disse que lembra com carinho de todos os treinadores com quem trabalhou, mas é impossível não dizer que os melhores treinadores que teve foram Ismael Moreira, Galego e Danilo Nigris. 

Após encerrar a carreira como jogador, Totonho se dedicou a cuidar da sua propriedade rural. “Eu nunca precisei do futebol, jogava porque gostava”, afirmou. 

Em 1996, foi convidado pela direção do time máster do Grêmio de Subtenentes e Sargentos a ser treinador da escolinha de futebol. Como treinador de escolinha, foi campeão gaúcho pelo Guarany e atualmente tem a sua própria escolinha, a Escola Bageense de Formação de Atletas. 


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