A definição do calendário da Segundona Gaúcha de 2026 já começou a movimentar os bastidores do futebol estadual. Após o fim da edição deste ano, em agosto, que garantiu a ascensão de Novo Hamburgo e Inter SM à elite, representantes de clubes tradicionais se reuniram com a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) para deliberar sobre a próxima temporada.

O encontro teve como ponto central a escolha do período de disputa do campeonato. O presidente do Brasil de Pelotas, Vilmar Xavier, revelou, em entrevista à Rádio Universidade, que a posição do clube foi derrotada na votação.

"O nosso posicionamento foi vencido. São 14 clubes. Agora eu estou falando dos clubes do ano que vem. Com 14 clubes, nós defendemos a realização no primeiro semestre, mas a maioria decidiu pela disputa no segundo semestre", explicou Xavier.

A preferência do Brasil era por iniciar a competição no início do ano, como forma de alinhar o calendário com outras disputas e ampliar o período de atividades. No entanto, a escolha da maioria foi pela transferência da Segundona para a segunda metade do ano, decisão que pode trazer benefícios logísticos. A medida tende a evitar as chuvas intensas e o inverno rigoroso, condições que historicamente prejudicam tanto a prática do jogo quanto a presença de torcedores nos estádios.

Diante dessa tendência, a FGF avalia alternativas para garantir que os clubes mantenham um calendário mais extenso, possibilidade que foi levantada pelo dirigente Xavante. "Então, provavelmente, vai se manter o campeonato no segundo semestre, mas talvez a Federação Gaúcha consiga integrar com o primeiro, para termos uma temporada mais longa", destacou Xavier, reforçando que as conversas sobre ajustes no formato da competição seguem abertas.