Ricardo Peró Job
Luzes & Sombras
Em 2020, um Inquérito no STF foi aberto a pedido da Procuradoria-Geral, para averiguar a denúncia de que Bolsonaro queria interferir na Polícia Federal. A conclusão foi a de que não houvera tal interferência. O ex-presidente chegou a ser impedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal de nomear Alexandre Ramagem para a direção da PF, por suspeitas de que ele seria nomeado com o fim d interferir em investigações. Em 2023, a PF anunciou que iria apurar, em procedimentos internos, se houvera pressão do ex-presidente para aliviar investigações sobre seus familiares e pessoas ligadas a ele durante seu mandato. Como de costume, apesar de anunciadas com alarde pela imprensa “amiga” do poder, tais acusações não se confirmaram. Na semana passada, um áudio vazado com declarações do tenente-coronel Mauro Cid à revista Veja, comprometeu sua suposta delação, pondo por terra a credibilidade do trabalho da PF e do STF no caso de um suposto “golpe” imaginado por Bolsonaro. Meses antes, a conduta da Polícia Federal ao deter o jornalista português Sergio Tavares no aeroporto de Guarulhos, São Paulo, que viera fazer a cobertura da manifestação pró-democracia, submetendo-o a um interrogatório de mais de quatro horas, foi tratada como normal pelo atual governo, pelo STF e não chocou seus colegas brasileiros da grande imprensa.
Inimigo na trincheira
O assessor especial da secretária gaúcha da Fazenda, Sérgio Wulff Gobetti, oriundo do petismo – foi assessor de Guido Mantega no Ministério da Fazenda - postou nas redes sociais sua opinião o agronegócio: “O agro não é pop e vai tomar um tiro no coração, porque contribui muito pouco para o PIB. O agronegócio contribui pouquíssimo com o financiamento de políticas públicas por meio de pagamento de impostos”. Deveria ser imediatamente defenestrado do cargo pelo governador Eduardo Leite.
Falência
O Superior Tribunal de Justiça resolveu mandar para casa, com tornozeleira eletrônica, uma traficante presa com 120kg de maconha e 700g de cocaína. A alegação foi a de que a moça era “mãe de menores”, apesar destes estarem sob os cuidados dos avós. Já as pessoas que se encontravam desarmadas, acampadas em frente aos quarteis em protesto contra a eleição de Luiz Inácio da Silva, presas em 8 de janeiro, julgadas pelo STF, enfrentam penas de até 17 anos de prisão. É a falência da Justiça no Brasil.
O Anão Diplomático e seu Cumpanhero
As eleições venezuelanas marcadas para 28 de julho serão uma farsa. O mundo inteiro sabe do fato. Depois de proibir de disputar o pleito, prender e perseguir, apoiado por sua Suprema Corte de opereta, os principais líderes oposicionistas do país, Nicolás Maduro decidiu quem poderá enfrenta-lo nas urnas. Trata-se do governador do estado de Zulia, Manuel Rosales, um tipo tão oposicionista quanto àqueles que aqui no Brasil, mesmo pertencendo ao PL, votam em todos os projetos oriundos do governo “Lula.” Foi o único candidato que se prestou a legitimar a fraude que começa a ser encenada na Venezuela. Mesmo assim, o presidente brasileiro, Luiz Inácio da Silva, minimizou em nota a “democracia” de Maduro. A resposta do ditador, foi a de insinuar que seu “amigo” era lacaio dos EUA. Só rindo para não chorar.
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