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Júri

Bidu é condenado a 12 anos pela morte de Jubão

Luciano Madeira imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Réu disse que ficou sabendo da morte de Jubão no outro dia

Passavam das 10h quando começou, no salão do Tribunal do Júri, o julgamento de Rogério Milano Vargas, de 48 anos, natural de Bagé, conhecido por Bidu.  O réu foi condenado a 12 anos em regime fechado. Como aguardou o julgamento preso, não poderá recorrer em liberdade. 

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Bidu e outro comparsa, que está foragido, mataram, no dia 28 de julho de 2023, Rodrigo Lemos Marques, que era conhecido como Jubão. O crime aconteceu na rua Quero-Quero, no bairro Pedra Branca.    

Segundo o Ministério Público, Bidu e o comparsa, após agredirem a vítima, levaram ela até um campo ao lado do IFSul, onde, usando pneus, atearam fogo. A vítima ainda estava viva neste momento, e morreu queimada.   

Na denúncia, consta que o motivo do crime foi um desentendimento entre os autores e a vítima, em razão de desacerto quanto à quantidade de drogas que seria destinada ao consumo deles.   

A mãe da vítima pediu para depor sem a presença do réu e relatou que o filho saiu de casa por volta da 1h30min e disse para que ela deixasse a porta encostada, que iria até a Balança comprar "algo para fumar" e já voltava.    

A mãe de Jubão disse que o filho era usuário de drogas e que, quando saiu naquela madrugada e não voltou mais para casa, ficou preocupada. No outro dia, soube que haviam matado uma pessoa perto do IFSul. Bastante emocionada, a mãe da vítima lembrou: “Tinha quase certeza que era o meu filho. Eu fiz tudo por ele”.  

Já o delegado da Polícia Civil, Guilherme Fagundes Nunes, disse que, na época do crime, era titular da 1ª DP. A equipe foi avisada pelo plantão que a Guarda Municipal havia encontrado um corpo carbonizado em um campo ao lado do IFSul.   

Nunes mencionou que, de imediato, os policiais começaram a procurar locais que pudessem ter câmeras de monitoramento. “E conseguimos as imagens, e identificar duas pessoas, e um deles é o réu”, pontuou. O delegado falou que, após olhar as imagens, foi solicitado por ele um mandado de busca e apreensão e o pedido de prisão preventiva de Bidu.    

"Estou aqui para falar a verdade”   

O réu Rogério Milano Vargas, durante seu depoimento, disse que é inocente e que não teve nenhum envolvimento na morte de Jubão. O réu relatou que foi até a casa de um amigo, onde algumas pessoas se reuniam para beber e usar drogas, e que foi embora de madrugada, mas que, em nenhum momento, a vítima esteve junto com eles. Disse que só viu Jubão de passagem, no outro lado da rua.    

Bidu disse que só ficou sabendo do crime no outro dia, através de um vizinho. “Eu estava em casa com a minha esposa e meus filhos, tanto que, no dia em que fui preso, eu estava em casa”, sustentou.  

Bidu disse ainda que era amigo da vítima. “Não tenho nada a ver com a morte dele. Eu estou aqui para dizer a verdade”, afirmou.    

Na acusação, atuou o promotor Diogo Taborda e, na defesa, o defensor público Marcus Vinicius Becker. Os trabalhos foram presididos pela juíza Naira Nelkis Caminha, e, na parte da tarde, aconteceram os debates entre acusação e defesa. Vale mencionar que só foi possível identificar a vítima através de exame genético, que, aliás, teve o antebraço direito decepado. 

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