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Júri
Dois são condenados pela morte de Luciano Schafer

Luciano Madeira imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Crime aconteceu na lateral do supermercado Peruzzo
Com um grande número de estudantes de Direito, tanto da Urcamp como da Faculdade Ideau, no salão do Tribunal do Júri, aconteceu o julgamento de Kéven Maglione Franco, 20 anos, e Márlon Miranda Valente, 23 anos. Os dois foram julgados e condenados pela morte de Luciano Estulano Schafer. O crime aconteceu no dia 11 de fevereiro de 2023, na rua Caetano Gonçalves, na lateral do supermercado Peruzzo.
Kéven Maglione Franco foi condenado a 14 anos em regime fechado, sem direito de recorrer em liberdade. Já Marlon Miranda Valente foi condenado a 10 anos e 5 meses em regime fechado – e ainda que tenha aguardado o processo em liberdade, não terá o direito de recorrer na mesma condição.
Depoimentos
A primeira testemunha a ser ouvida disse que, naquela madrugada, estava na Estação e viu quando houve uma briga em um estabelecimento comercial em frente à praça. Conforme o relato, dois grupos estavam brigando e se atirando pedras. Um dos grupos correu pela Caetano Gonçalves em direção à praça da antiga rodoviária.
Ao ser questionada pelo promotor Diogo Taborda se conhecia os réus, a testemunha disse que não. Então, o promotor perguntou por que ela foi atrás para ver o que estava acontecendo, e ela respondeu que foi apenas por curiosidade e que foi quando viu um homem caído no chão.
A segunda testemunha foi um policial militar, que disse que foram chamados para atender a uma ocorrência de briga generalizada. Quando chegaram ao local, havia um homem caído, aparentemente já sem vida, e foram repassadas as características do agressor. "Nós saímos em diligências e o identificamos nas proximidades da Praça de Esportes, porque ele estava de boné e todo sujo de sangue. Quando o abordamos, ele contou que tinha se envolvido em uma briga e confessou ter dado as facadas na vítima, além de nos contar onde tinha escondido a faca. Nós o levamos para a delegacia, onde foi preso, detalhou".
A próxima testemunha foi a tia do réu Kéven - e namorada do réu Márlon. Segundo detalhou, ela e o namorado encontraram Kéven na Praça da Estação e estavam ali conversando e bebendo, quando houve uma briga em frente ao espaço. "Eles começaram a se jogar pedras e foram todos correndo em direção à antiga rodoviária. Como o meu sobrinho e o meu namorado estavam envolvidos na briga, eu fui atrás para tentar tirá-los", comentou.
De acordo com a testemunha, a vítima, Luciano Estulano Schafer, passou por ela portando uma faca, e, quando viu, ele levou uma pedrada. "O Kéven estava dando as facadas nele, e o Márlon deu um chute. Depois fomos embora", afirmou.
"Eu estava com raiva"
O primeiro réu a ser ouvido foi Kéven Maglione Franco, que afirmou: naquela noite, estava no interior da Praça da Estação com Márlon e houve uma briga. "Um amigo meu foi agredido com uma garrafada, aí começou uma briga generalizada entre dois grupos, que começaram a se atirar pedras. O outro grupo correu pela Caetano Gonçalves em direção à praça da antiga rodoviária, e foi nesse momento que a vítima veio na minha direção e na do Márlon, armado com uma faca. Nesse momento, ele levou uma pedrada, que acertou a cabeça dele, e, quando ele estava caído, eu peguei a faca e desferi vários golpes", detalhou.
Perguntado pelo promotor o que sentia enquanto desferia os golpes, o réu disse que só sentia raiva e que, depois do fato, estava indo para casa quando foi preso pela Brigada Militar.
"Era só uma briga"
Já o réu Márlon Miranda Valente, que respondeu ao processo em liberdade, durante o seu interrogatório, disse o mesmo que já havia sido falado pelo réu Kéven. Valente disse também que chutou a vítima caída para tentar defender o amigo. "Pelo que sei, Schafer estava armado com uma faca. O que eu fiz foi no calor do momento. Ali era uma briga. A intenção era só defender, e não matar", garantiu.
Na acusação, atuou o promotor Diogo Gomes Taborda. Na defesa do réu Márlon Miranda Valente, atuou o defensor público Marcus Vinicius Becker, e, na defesa do réu Kéven Maglione Franco, atuou o também defensor público Gabriel Pintos.
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