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Inflação
Alckmin defende exclusão de alimentos e energia do cálculo da Selic

Marcelo Camargo imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -
Geraldo Alckmin, presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, defendeu que o Banco Central (BC) exclua a inflação de alimentos e energia do cálculo da taxa Selic. Sua sugestão foi feita após o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentar a Selic para 14,25% ao ano, com o objetivo de controlar a inflação. Alckmin comparou a abordagem brasileira com a dos Estados Unidos, onde o BC local já desconsidera esses itens para evitar impactos desnecessários na economia.
Alckmin argumentou que o aumento de alimentos e energia é causado por fatores externos e pontuais, como condições climáticas adversas e tensões geopolíticas, que não têm relação direta com a política monetária. Ele destacou que a elevação dos juros não é eficaz para lidar com questões como secas ou flutuações no preço do petróleo, que afetam diretamente os custos desses produtos.
O presidente em exercício também alertou para os impactos econômicos dessa alta na Selic, apontando que cada aumento de 1 ponto percentual na taxa básica de juros implica um custo adicional de aproximadamente R$ 48 bilhões para a dívida pública. A elevada taxa de juros aumenta o custo do crédito e pode prejudicar a economia, tornando mais difícil o acesso a financiamento.
Em relação ao cenário de inflação, o Brasil tem enfrentado um aumento nos preços, especialmente em alimentos e energia, conforme revelado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em fevereiro, a inflação alcançou 1,31%, um dos maiores índices para o mês de fevereiro desde 2003. Apesar disso, o Copom segue com a política de aumento da Selic para conter o avanço da inflação, principalmente a de serviços, que continua a subir.
Alckmin reiterou a importância de reduzir a inflação, que afeta principalmente os trabalhadores assalariados, que veem seus salários perderem poder de compra. Ele sugeriu que o Banco Central deveria considerar essas questões e estudar a exclusão de alimentos e energia do cálculo da taxa de juros, para garantir uma política monetária mais eficiente e alinhada com os desafios específicos da economia brasileira.
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