A Associação Comercial e Industrial de Bagé (Aciba) realizou um fórum de discussões com empresários e representantes da CEEE Equatorial para debater problemas na prestação de serviços da empresa. Durante o encontro, foi entregue um ofício à equipe da concessionária, que destacou o descontentamento dos associados, os impactos econômicos e sugestões de medidas urgentes. O fórum durou cerca de duas horas e permitiu que os participantes expusessem suas dificuldades e cobrassem respostas da empresa, que deverá se manifestar por escrito.  

A reunião ocorreu enquanto parte da cidade enfrentava uma nova queda de energia, causada por um problema na subestação Bagé 2, de responsabilidade da CPFL Transmissão. A CEEE Equatorial prestou apenas suporte para a normalização do fornecimento. O presidente da Aciba, Leonardo Nocchi Macedo, enfatizou a importância do associativismo e agradeceu a participação dos empresários. Estiveram presentes representantes da concessionária, como o procurador jurídico Roberto Bezerra, o gerente de obras Vinicius Alfonso, o gerente de relacionamento Egon Vivian e o consultor Flávio Lamas.  

Os representantes da Equatorial reconheceram falhas no serviço e explicaram que os problemas também decorrem de eventos climáticos adversos. Além disso, anunciaram investimentos de R$ 14 milhões na infraestrutura elétrica local e destacaram a autonomia recém-conquistada com a transferência da superintendência da Região Sul para Bagé. A previsão é de que a terceira subestação da cidade seja concluída entre 2026 e 2027. Foi informado também que empresários podem solicitar indenização por prejuízos por meio do site www.consumidor.gov.br.  

Os participantes ressaltaram que a falta de energia é um problema recorrente e que vai além dos fatores climáticos. Eles apontaram falhas na comunicação da empresa com os consumidores e defenderam melhorias na gestão, como a qualificação das equipes e a contratação de profissionais mais experientes. O presidente da Aciba reforçou a necessidade de um serviço de qualidade, ágil e eficiente para atender às demandas da cidade.  “Existem problemas que vão além de fatores externos, como a comunicação clara e eficiente, para os consumidores com relação ao retorno da energia, tempo de ligação. Questões internas de gestão, que podem ser corrigidas como a qualificação das equipes e contratação de pessoas mais experientes. Ou seja, precisamos de prestação de serviço com qualidade, ágil e rápida”, enfatizou o presidente.  

Como solução imediata, a CEEE Equatorial se comprometeu a criar um canal de comunicação direto com a Aciba, com o objetivo de facilitar a resolução de problemas específicos dos empresários. A entidade comercial garantiu que seguirá acompanhando a situação e, se necessário, buscará medidas judiciais para defender os interesses do setor. Nos próximos dias, a Aciba divulgará mais informações sobre essa nova ferramenta de atendimento.