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Júri

Réu afirma que estava armado apenas para defesa

Luciano Madeira - Réu disse que nunca houve tentativa de homicídio contra os policiais

Aconteceu nessa terça-feira, 1º, o primeiro júri do segundo semestre: foi a julgamento por tentativa de homicídio Lucas Ribeiro, de 28 anos, natural de Bagé. Ele foi condenado a 15 anos e três meses de prisão em regime fechado. 

De acordo com a denúncia do Ministério Público, no dia 28 de setembro de 2023, por volta das 22h, na avenida Angélica Jardim e na rua Nelson Machado, no bairro Castro Alves, Lucas Ribeiro tentou matar dois policiais militares que estavam desempenhando suas funções.  

Na ocasião, os agentes do setor de inteligência da Brigada Militar estavam monitorando o réu, pois ele já era conhecido por diversos crimes e também era suspeito de efetuar cobranças do tráfico de drogas. Por esse motivo, pediram auxílio do policiamento ostensivo.  

Segundo a denúncia, quando os policiais foram até o local, avistaram Ribeiro que, ao ver os policiais, fugiu do local em um carro e, de forma repentina, efetuou disparos de arma de fogo em direção aos policiais. Durante a fuga, ele foi perseguido pelos policiais por algumas quadras e, após bater o carro que dirigia, fugiu para o mato e seguiu atirando contra os policiais, que conseguiram prendê-lo.  

O réu portava uma pistola calibre 9 milímetros e nove cartuchos do mesmo calibre intactos, um coldre e um celular. Lucas Ribeiro foi preso em flagrante pelo crime de tentativa de homicídio e encaminhado ao Presídio Regional de Bagé, onde aguardou o julgamento.  

O júri começou com o depoimento das três vítimas, policiais militares, que relataram que foram acionados pelo setor de inteligência para realizarem a abordagem a Lucas Ribeiro. Segundo as vítimas, quando o réu avistou a viatura policial, entrou no carro e efetuou um disparo contra eles. Nesse momento, um policial atirou e acertou o pneu do carro, e Ribeiro fugiu por algumas quadras.  

Após abandonar o carro, ele entrou em um mato e atirou novamente contra nós, momento em que revidamos e ele atirou a pistola e se entregou, instante em que foi dada voz de prisão em flagrante. Depois, também foi ouvido um delegado de polícia e uma testemunha arrolada pela defesa.  

O réu, que disse que só iria responder às perguntas da juíza Naíra Melkis Pereira Caminha, afirmou que naquela noite tinha ido ao mercado e viu que os policiais estavam vindo na sua direção e, como estava armado, a única intenção foi se livrar da arma, por isso fugiu. “Eu sei que, se eles me pegassem armado, eu ia baixar o presídio de novo”, disse.  

Perguntado por que andava armado, o réu disse que tinha feito inimizades na cadeia e usava arma para sua defesa e da sua família. “Eu já errei no passado, já estive preso, mas hoje tenho emprego, tenho família, e nunca teve tentativa de homicídio porque eu não atirei em ninguém”, afirmou.

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