Candiota
Operação regular da Usina depende de contrato

Eduardo Tavares imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Mobilização ocorre hoje em frente à Usina
A Usina Candiota 3, localizada no município de Candiota, foi religada pela Âmbar Energia. Porém, a operação da usina ocorre atualmente em caráter deficitário, como usina "merchant" — ou seja, sem contrato de fornecimento —, em meio a um cenário de baixos níveis dos reservatórios das hidrelétricas no Subsistema Sul.
Mesmo sem contrato vigente, a geração térmica está sendo mantida como medida para garantir a segurança energética do país, além de preservar empregos em toda a cadeia produtiva ligada à unidade.
Tais informações foram divulgadas pela própria Âmbar Energia, por meio de nota remetida à imprensa. Conforme a empresa, a usina foi religada "após passar por um amplo processo de manutenção e modernização". O investimento realizado entre janeiro e abril de 2025, ainda de acordo com a Âmbar, totalizou R$ 150 milhões.
Contudo, a expectativa ainda é pela retomada de um contrato de longo prazo que viabilize a operação regular da usina. Em síntese, essa retomada pode ocorrer por meio da edição de uma medida provisória (MP) ou pela derrubada do veto ao Projeto de Lei 576/2021, que foi transformado recentemente na Lei Federal nº 15.097/2025.
Mobilização regional
Enquanto isso, a mobilização pela chamada “transição energética justa” será retomada nesta quarta-feira, 30 de abril. O prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador, anunciou que a concentração ocorrerá a partir das 7h, em frente à Usina Âmbar Energia.
“Convidamos toda a comunidade candiotense e regional, autoridades e lideranças para unirmos forças”, declarou.
A iniciativa busca garantir que o processo de transição energética contemple os trabalhadores locais e a população diretamente impactada pelas mudanças na matriz de geração.
As lideranças destacam que a mobilização reforça a relevância da Usina Candiota não apenas do ponto de vista energético, mas também social e econômico para toda a região.
A reportagem do Folha do Sul entrou em contado com o Sindicato dos Mineiros, por meio do presidente, Hermelindo Ferreira. Isso para verificar quantos trabalhadores retornaram às atividades, porém, até o fechamento desta edição, a redação não recebeu retorno.
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