A Praça Central do Parque Assis Brasil recebeu, sob o sol da manhã de sábado ), os profissionais responsáveis pela lida dos animais campeões da 45ª Expointer. Recepcionados pelo diretor administrativo e coordenador da Comissão de Exposições e Feiras da Farsul, Francisco Schardong, e pelas Soberanas da Feira, os cabanheiros participaram de sorteio de prêmios e puderam assistir ao show do músico tradicionalista Ênio Medeiros.

Segundo Schardong, o evento é um reconhecimento do Sistema Farsul e da Expointer para aqueles que, durante toda a feira, se dedicam dia e noite ao trato com os animais premiados do evento. "Muitas vezes o trabalho desses profissionais passa em branco, sem as pessoas saberem nem mesmo o que é um cabanheiro. É um reconhecimento pra quem acorda de madrugada e dorme tarde, pra quem realmente prepara os animais da feira."

Um dos sorteados, Luis Carlos Charão, da Cabanha São Francisco, de Bagé, é cabanheiro há quatro décadas, e está em sua 38ª Expointer. "Eu vi a feira mudar bastante nesse tempo, só perdi duas edições desde que comecei, e é bom ver o nosso trabalho reconhecido na pista e aqui", falou.

Do outro lado, começando agora na profissão, está Marília de Souza Castilhos, da Cabanha CJR, em Camaquã. Uma das poucas mulheres cabanheira presentes no evento, começou na profissão a apenas um ano e está em sua primeira Expointer. "É bem cansativo, o dia inteiro lidando, mas também é bem recompensador ver nossos animais vencendo."

Emerson Lopes Ramos, da Cabanha Dom Amado, de Hulha Negra, que levou um dos grandes prêmios desse ano, uma TV de 32 polegadas, trabalha com ovinos fazem oito anos. "Cheguei aqui na terça-feira dia 23 pra aclimatar os animais. A água é diferente, eles ficam estressados, tem que ajeitar o tablado para ficarem confortáveis. A gente trabalha puxado, porque se não vier bicho não tem feira. É desgastante, mas é bom", disse.