Começa setembro e, com ele, o quadrimestre decisivo para o comércio. Pela frente, há a troca de estação - do inverno para período mais quente do ano - e também a data mais importante para o setor, o Natal. Tudo isso leva muitos consumidores às lojas. "A expectativa para esses últimos quatro meses do ano é bastante positiva, demonstrada por mais de 68% dos empresários, pois nos aproximamos do melhor período de vendas do ano que é o Natal", contextualizou o presidente da Associação Comercial e Industrial de Bagé, a Aciba, Eduardo Soares. 

Sobre o período que antecedeu esse - considerado derradeiro-, Soares admitiu: o primeiro semestre foi "bastante tímido, envolvendo períodos de férias, calor excessivo e uma incerteza política que permanece ainda na classe empresarial". O presidente da Aciba aproveitou para dar dicas aos empresários para alavancar as vendas e tornar esse quadrimestre um sucesso. "Precisamos pensar sempre em gastar energia no que podemos gerenciar e isso significa treinar constantemente nossa equipe para realizar um atendimento com excelência, utilizando as técnicas corretas de vendas, melhorar o relacionamento com nosso cliente, criando promoções, benefícios e utilizando o marketing para mostrar que possuímos os melhores produtos e serviços para podermos vender mais", sustentou. 

Inadimplência recua 

Preocupação desde o ano passado para o setor, a inadimplência voltou a recuar no país (os dados locais devem ser divulgados, pelo SCPC, no início deste mês de setembro, referentes a agosto). De acordo com os dados do Banco Central, a taxa de inadimplência das famílias com recursos livres caiu de 6,30% para 6,21% entre os meses de junho e julho. Esse foi o segundo recuo na taxa de inadimplência das famílias esse ano, o primeiro havia sido entre os meses de fevereiro e março, mas desta vez ele parece ter sido mais consistente. E vale destacar que a taxa média de juros cobrada das famílias na concessão de recursos livres recuou em julho de 47,44% para 47,07% devido a uma redução no custo de captação e no spread bancário, assim como havia acontecido em junho. A concessão desses créditos subiu 8,1% na comparação interanual, mas se manteve numa trajetória de crescimento desacelerado na variação acumulada em 12 meses.